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[Resenha] Cujo, de Stephen King

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O vencedor do British Fantasy Award de 1982 é um dos livros mais sombrios do autor. Conheça!

Que Stephen King é um dos maiores contadores de história do nosso tempo não é segredo pra ninguém. Desde os anos 70, o autor presenteia seus leitores anualmente com histórias originais e empolgantes. Em 1982, um de seus livros causou um rebuliço no mercado literário, sendo indicado a vários prêmios, dividindo as críticas e se tornando um clássico instantâneo que logo foi adaptado para o cinema. Esse livro é Cujo, um horror psicológico que coloca uma família em crise dentro de uma situação desesperadora. 

O livro se passa na cidade de Castle Rock, onde a lenda do serial killer Frank Dodd assombra as crianças. Frank foi morto pela pela polícia, mas é a verdadeira encarnação do medo de Tad Trenton, um menininho que tem certeza que algo se esconde dentro de seu guarda-roupa. 

A família Trenton está num momento complicado. Vic, o pai, está desconfiando que Donna, sua esposa, está tendo um caso. O filho de quatro anos sofre de pesadelos e terrores noturnos extremamente graves e uma crise está prestes a estourar em seu trabalho forçando-o a viajar. Ao ponto que diversas situações agourentas começam a acontecer com a família Trenton, uma outra família nos limites da cidade também se depara com problemas.

Os Chambers tem uma pequena oficina em uma estrada afastada de Castle Rock. Eles são donos de Cujo, um são bernardo de 90 kg que é o cachorro mais feliz que uma criança poderia ter, pouco antes de uma viagem familiar, Cujo é mordido por um morcego que o infecta com raiva, e sua transformação de um animal dócil em uma máquina de matar não demora a acontecer.

Quando o carro dos Trenton apresenta um problema, Donna dirige até a oficina dos Chambers para resolver o problema, levando Tad consigo. Chegando lá, o carro para de funcionar completamente e a oficina parece estar vazia… A não ser por Cujo, que tomado pela raiva encurrala Donna e Tad dentro do carro.

Cujo foi escrito durante um período de intenso uso de drogas pelo autor, que menciona em sua autobiografia ‘’Sobre a Escrita’’, tê-lo escrito quase inteiro em uma noite e não se lembrar muito bem. Isso fica bastante claro na narrativa. Escrito sem uma divisão de capítulos, e em um ritmo frenético e brutal, o livro é extremamente forte e difícil de largar. Todos os acontecimentos até o momento onde mãe e filho estão presos dentro do carro parecem prever uma catástrofe.

Mesmo não sendo uma leitura fácil, Cujo consegue prender o leitor numa narrativa intensa onde cada pequeno detalhe pode ser crucial para a sobrevivência dos personagens. Capaz de te fazer torcer, vibrar e se desesperar, o romance é um dos maiores exemplos da maestria narrativa de King, capaz de transformar os momentos mais comuns cotidiano em situações de vida ou morte.

Depois de anos esgotado, Cujo está de volta em uma nova edição pela Suma de Letras, com capa dura, acabamento especial e material extra!

Você já leu Cujo? Gostou?

Conheça outros livros do autor!


Cristine (1983)

Arnie Cunnigham era um fracassado. Cheio de espinhas, magrelo e desajeitado com as garotas, o garoto passava os dias pelos corredores da escola, tentando fugir da gozação dos colegas. Isso até Christine entrar em sua vida. Foi amor à primeira vista. Desde então, o mundo passou a fazer sentido. Tudo o que Arnie queria era ficar perto de Christine. Mas não espere um novo Romeu e Julieta, afinal, estamos falando de Stephen King. Christine é um carro. Um Plymouth Fury 1958. Um feitiço sobre rodas que se apodera de Arnie e o transforma. Há algo poderosamente maligno solto pelas estradas de Libertyville. Uma força sobrenatural que vai deixando um rastro de sangue por onde passa.


Sobre a Escrita (2000)

Eleito pela Time Magazine um dos 100 melhores livros de não ficção de todos os tempos e vencedor dos prêmios Bram Stoker e Locus na categoria Melhor Não Ficção, Sobre a escrita – A arte em memórias é uma obra extraordinária de um dos autores mais bem-sucedidos de todos os tempos, uma verdadeira aula sobre a arte das letras. O livro também não deixa de lado as memórias e experiências do mestre do terror: desde a infância até o batalhado início da carreira literária, o alcoolismo, o acidente quase fatal em 1999 e como a vontade de escrever e de viver ajudou em sua recuperação. Com uma visão prática e interessante da profissão de escritor, incluindo as ferramentas básicas que todo aspirante a autor deve possuir, Stephen King baseia seus conselhos em memórias vívidas da infância e nas experiências do início da carreira: os livros e filmes que o influenciaram na juventude; seu processo criativo de transformar uma nova ideia em um novo livro; os acontecimentos que inspiraram seu primeiro sucesso: Carrie, a estranha. Pela primeira vez, eis uma autobiografia íntima, um retrato da vida familiar de King. E, junto a tudo isso, o autor oferece uma aula incrível sobre o ato de escrever, citando exemplos de suas próprias obras e de best-sellers da literatura para guiar seus aprendizes. Usando exemplos que vão de H. P. Lovecraft a Ernest Hemingway, de John Grisham a J. R. R. Tolkien, um dos maiores autores de todos os tempos ensina como aplicar suas ferramentas criativas para construir personagens e desenvolver tramas, bem como as melhores maneiras de entrar em contato com profissionais do mercado editorial. Ao mesmo tempo um álbum de memórias e uma aula apaixonante, Sobre a escrita irradia energia e emoção no assunto predileto de King: literatura. A leitura perfeita para fãs, escritores e qualquer um que goste de uma história bem-contada.


Jogo Perigoso (1992)

Jessie e Gerald estão passando por uma crise na relação. Na tentativa de apimentar o casamento, os dois viajam para uma região isolada no Maine. Mas um jogo na cama acaba se transformando em prelúdio para uma noite de terror. Durante o jogo, Jessie é acorrentada à cama, e se vê obrigada a apenas assistir quando Gerald morre subitamente, vítima de um ataque cardíaco. Ela está presa e logo percebe que não há chance de alguém ouvir seus gritos. É então que, impotente e acompanhada apenas do cadáver do marido, Jessie vê todos os seus maiores medos ressurgirem para torturá-la. Jogo perigoso revela o estilo eletrizante que consagrou Stephen King como um mestre do terror moderno, e faz o leitor mergulhar em uma trama fascinante e diabólica.


A Zona Morta (1979)

Depois de quatro anos e meio, John Smith acorda de um coma causado por um acidente de carro. Junto com a consciência, o que John traz do limbo onde esteve são poderes inexplicáveis. O passado, o presente, o futuro – nada está fora de alcance. O resto do mundo parece considerar seus poderes um dom, mas John está cada vez mais convencido de que é uma maldição. Basta um toque, e ele vê mais sobre as pessoas do que jamais desejou. Ele não pediu por isso e, no entanto, não pode se livrar das visões. Então o que fazer quando, ao apertar a mão de um político em início de carreira, John prevê o que parece ser o fim do mundo?

Pedro Silva

Pedro Silva

Pedro é jornalista e pós-graduado em literatura, já trabalhou como crítico e redator de um portal de notícias. Apaixonado por livros e cultura pop.

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