Literatura colombiana em foco
Principal representante literário do país, Gabriel García Márquez foi um dos precursores do realismo mágico. Veja a lista e conheça outros autores!
A América Latina é reconhecida por revelar grandes gênios das artes, da música e, principalmente, da literatura. Um dos destaques é a Colômbia, segundo país mais populoso da América do Sul (com mais de 45 milhões de habitantes) e vencedor de um Prêmio Nobel. Assim como em outras regiões latino-americanas, a literatura colombiana é marcada por influências europeias, africanas e indígenas.
O principal nome do meio literário do país é o escritor Gabriel García Márquez, um dos principais representantes do realismo mágico e vencedor do Nobel de Literatura, em 1982. Chamado carinhosamente de Gabo, o autor nasceu em 6 de março de 1927, em Aracataca. Seus registros são marcados pela linha tênue entre o real e o imaginário, a fantasia e a mitologia. Além de escritor, foi ainda jornalista, poeta e roteirista. Entre seus livros mais consagrados estão Cem anos de solidão, O amor nos tempos do cólera e Memórias de minhas putas tristes.
Um único minuto de reconciliação vale mais do que toda uma vida de amizade.”
Realismo mágico
A produção literária da Colômbia começou ainda no período da colonização espanhola, com Francisca Josefa del Castillo e Juan Rodríguez Freyle. Após a independência, os escritores, como Camilo Torres Tenorio e Antonio Nariño, foram influenciados pelo romantismo. Já no começo do século XX, houve o crescimento do tradicional costumbrismo, que é uma interpretação da vida e costumes locais.
No entanto, o principal “boom” da literatura do país e da América Latina ocorreu a partir dos anos 1950, com o surgimento do realismo mágico – escola literária dá verossimilhança interna ao fantástico e ao irreal. Além dos livros de Gabo, outras obras latino-americanas também foram marcadas pelo realismo mágico, como os argentinos Julio Cortázar e Jorge Luis Borges.
Quer conhecer mais a literatura colombiana? Confira a nossa lista completa e boa leitura!
O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez
Ainda muito jovem, o telegrafista, violinista e poeta Gabriel Elígio Garciá se apaixonou por Luiza Márquez, mas o romance enfrentou a oposição do pai da moça, coronel Nicolas, que tentou impedir o casamento enviando a filha ao interior numa viagem de um ano. Para manter seu amor, Gabriel montou, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Luiza onde ela estivesse. Essa é a história real dos pais de Gabriel García Márquez e foi ponto de partida de O amor nos tempos do cólera, que acompanha a paixão do telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza por Fermina Daza.
Memória por correspondência, de Emma Reyes
Memória por correspondência reúne 23 cartas de Emma Reyes enviadas a sua amiga Germán Arciniegas, entre 1969 e 1997. Nos textos, a escritora relata as adversidades que viveu durante sua infância na Colômbia. Emma era filha ilegítima e, nesta autobiografia epistolar, conta desde suas lembranças mais antigas até o momento em que deixou o convento onde passou sua juventude, sem ao menos saber ler.
A última escala do velho cargueiro, de Álvaro Mutis
A novela A última escala do velho cargueiro, de Álvaro Mutis, é articulada em cinco encontros. Os quatro primeiros ocorrem entre o narrador e um navio, que lhe aparece, quase como miragem, em cenários diversos. Enquanto isso, o quinto traz uma atmosfera lírica, cheia de romantismo.
Os informantes, de Juan Gabriel Vasquez
O escritor Juan Gabriel Vasquez estruturou a narrativa de Os informantes em dois eixos temporais: a Colômbia dos anos 1980 e 1990, em que a população vivia amedrontada pelos cartéis das drogas, e a Colômbia das décadas de 30 e 40, época em que o país recebia levas de imigrantes europeus. Os protagonistas chamam-se, pai e filho, Gabriel Santoro. O primeiro, um erudito viúvo, figura pública de prestígio na sociedade colombiana e professor de retórica. O segundo, um jornalista, autor de um livro sobre uma imigrante alemã judia.
Heróis demais, de Laura Restrepo
Neste livro, a autora Laura Restrepo nos propõe alguns questionamentos: Até onde uma ditadura interfere nas relações pessoais? Como ela molda o caráter de seus adversários? Em um romance ágil e irônico, em que mãe e filho recompõem sua história, a escritora colombiana narra um acerto de contas político e familiar com o passado.
O que achou da lista? 🙂
Olá, os personagens do livro “O Amor nos Tempos do Cólera” são Florentino Ariza e Fermina Daza. Luiza Marques não é personagem do livro, ela é mãe de Gabriel Garcia Marques. Seria interessante informar aos leitores. Gabriel Garcia Marque se inspirou no romance de seus próprios pais para escrever o livro.
Abraços