Qual livro você iria até preso para defender?
Nas redes sociais, leitores indicaram 10 obras consagradas que todos deveriam ler. Confira a seleção completa!
Em meio a tantas leituras, costumamos eleger pelo menos um livro “queridinho”, né? Sempre damos um jeito de indicar essa obra, seja para amigos, parentes, colegas de trabalho ou em rodas de conversa sobre literatura. Há também aqueles títulos que não foram recebidos tão bem pela crítica literária, mas que nos marcaram e, por isso, fazemos questão de defendê-los.
LEIA TAMBÉM: Confira os principais lançamentos de livros de 2018
Por meio das redes sociais, perguntamos aos nossos leitores: qual livro você iria até preso para defender? Recebemos inúmeras indicações de livros, desde os clássicos, como Os miseráveis, de Victor Hugo, e Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, até os contemporâneos, como Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo. Ficou curioso? Confira a nossa lista completa e boa leitura! 🙂
Os miseráveis, de Victor Hugo
Este é um dos principais clássicos da literatura mundial. Os miseráveis, de Victor Hugo, conta a história de um homem que sofre durante toda sua vida por causa de um erro cometido na juventude. A saga de Jean Valjean se passa na França revolucionária, entre o fim do século XVIII e início do XIX, quando monarquistas e republicanos lutavam pelas ruas. Este romance tem personagens marcantes como o inspetor Javert, que passa a vida perseguindo Valjean e Cosette, um casal que enfrenta inúmeras armadilhas do destino.
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Publicado em 1881, Memórias póstumas de Brás Cubas é um dos principais livros de Machado de Assis e da literatura nacional. A obra retrata a história de Brás Cubas, um personagem tipicamente burguês, sem objetivos e bastante contraditório, que resolve escrever sua história depois de morto. Ele torna-se o primeiro autor defunto da humanidade. Com muita ironia, o romance pede um leitor bastante atento e desconfiado quanto às afirmações do narrador.
Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
Cem anos de solidão já foi traduzido em 35 idiomas e vendeu mais de 50 milhões de exemplares. A narrativa se passa na aldeia de Macondo. Trata-se da solitária família Buendía, na qual todos os integrantes (e todos as gerações) foram acompanhadas por Úrsula, uma personagem centenária e uma famosa matriarca da história da literatura latino-americana. Neste clássico de Gabriel García Márquez, aprendemos que todos os personagens padecem de solidão, não só pelo isolamento, mas pelo estado de espírito o qual eles são submetidos.
Meninos sem pátria, de Luiz Puntel
Meninos sem pátria é um dos principais livros da Coleção Vaga-Lume. Nesta obra, Luiz Puntel conta a história de Marcão e Ricardo, filhos de um jornalista perseguido por questões políticas. Em plena adolescência, eles foram forçados a viver no exílio. Os dois e a família deixam o Brasil escondidos, seguindo para o Chile e, depois, para a França. Acompanhando os passos desses meninos sem pátria, você vai conhecer a difícil jornada de jovens forçados a abandonar o Brasil durante os anos de repressão do governo militar, em 1964.
Recentemente, Meninos sem pátria foi retirado de um colégio particular do Rio de Janeiro após pedido dos pais dos alunos. Em entrevista ao jornal El país, Puntel falou sobre o caso. “Meu livro é sobre ditadura. Jamais pensei que seria censurado”, afirmou.
Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo
Neste livro, a escritora Conceição Evaristo descreve os caminhos, as marcas, os sonhos e os desencantos de Ponciá Vicêncio. Ela traça a trajetória da personagem da infância à idade adulta, analisando seus afetos e desafetos e seu envolvimento com a família e os amigos. Discute a questão da identidade de Ponciá, centrada na herança identitária do avô e estabelece um diálogo entre o passado e o presente, entre a lembrança e a vivência, entre o real e o imaginado.
Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago
Este é um dos livros mais impactantes da literatura do século XX. Vencedor do Prêmio Nobel, em 1998, Ensaio sobre a cegueira retrata a “treva branca”, que logo se espalha para o resto da sociedade. É a fantasia que nos faz lembrar a “responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam”. Por meio da história, Saramago dá ao leitor uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio.
O conto da Aia, de Margaret Atwood
A narrativa de O conto da Aia passe-se em um futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes.
O sol é para todos, de Harper Lee
Publicado em 1960, O sol é para todos se mantém como um dos romances mais adorados em todo o mundo. A obra acompanha três anos da vida dos jovens Jem e Scout Fincher numa terra de profundo preconceito racial. A história é pontuada pelo caso de um homem negro injustamente acusado do estupro de uma garota branca no Alabama. Retrato fiel do terreno sulista norte-americano no início dos anos 1930, foi eleito pelo americano Librarian Journal o melhor romance do século XX.
Olhai os lírios do campo, de Erico Veríssimo
Olhai os lírios do campo representou uma guinada na carreira literária de Erico Veríssimo. Segundo o escritor, o sucesso foi tão grande que “teve a força de arrastar consigo os romances” que publicara antes em modestas tiragens. Eugênio Pontes, moço de origem humilde, a custo se forma médico e, graças a um casamento por interesse, ingressa na elite da sociedade. Nesse percurso, porém, é obrigado a virar as costas para a família, deixar de lado antigos ideais humanitários e abandonar a mulher que realmente ama.
Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro
Esta obra consagrou João Ubaldo Ribeiro entre os principais escritores da língua portuguesa. Em Viva o povo brasileiro, o escritor volta às origens do Recôncavo Baiano para recriar quase quatro séculos da história do país por meio da saga de múltiplos personagens. Nesta obra, a realidade e ficção se misturam para criar um épico brasileiro com passagens heróicas e cômicas, tendo como pano de fundo momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai.
Qual livro você incluiria na lista?
Os dez dias que abalaram o mundo – John Reed
“Pedro Páramo” – Juan Rulfo e “Crônica da Casa Assassinada” – Lúcio Cardoso