Os principais diários que são lidos como romances
Lista inclui clássicos como O diário de Anne Frank e Quarto de despejo. Veja a nossa seleção completa!
A maneira de escrever um livro é crucial para aproximar os leitores do enredo e dos personagens de uma obra. Independentemente do gênero literário, as narrativas são capazes de nos fazer viajar, emocionar, criar empatia e “transportar” para a história. Um texto pode ser apresentado de diferentes formas, como em diários. Na literatura, há diversos exemplos de diários que foram transformados em livros e, por vezes, conquistaram até a força narrativa de um romance.
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Editados pelo próprio autor em vida ou postumamente, os títulos nos fazem esquecer de suas condições de fragmentos e de escritos pessoais. Entre os principais livros estão os clássicos O diário de Anne Frank, de Anne Frank, e Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, que reúnem relatos verídicos da vida das próprias autoras. Quer conhecer outras obras? Fizemos uma seleção com seis livros escritos em forma de diário. Confira a lista e boa leitura!
O diário de Anne Frank, de Anne Frank
A lista não poderia deixar de fora um dos principais clássicos da literatura. Neste livro, Anne Frank faz uma narrativa dos dilemas e desafios, entre medos e alegrias, dos dias que lutou junto com sua família judia pela sobrevivência. O contexto histórico se passa no Holocausto e a menina denuncia os horrores cometidos contra os judeus, tornando o livro um dos mais lidos do mundo. O diário de Anne Frank é uma leitura carregada de sentimentos e considerada uma das obras mais importantes do século XX.
Quarto de despejo – Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus
Com linguagem simples, este livro retrata o duro cotidiano de uma favelada. Na obra Quarto de despejo, uma mulher negra, pobre e semianalfabeta conta o que viveu, sem artifícios ou fantasias. A leitura nos coloca em contato com cinco anos da vida da personagem, que representa a voz dos excluídos, marginalizados e estereotipados da nossa sociedade desigual.
O romance luminoso, de Mario Levero
O romance luminoso, de Mario Levero, é um livro sobre o desejo de escrever um romance. É uma obra sobre amor, morte, vício em computadores, transtornos do sono e hipocondria. Nesta obra, Levero conta as confusões cotidianas de um homem de 60 anos. É um romance sobre as experiências luminosas e sobre tudo aquilo que não se pode narrar.
Diário do hospício, de Lima Barreto
Diário do hospício é um documento impressionante, no qual Lima Barreto narra o período em que ficou internado no Hospital Nacional dos Alienados, no Rio de Janeiro, entre o Natal de 1919 e fevereiro de 1920. O volume, publicado postumamente em 1953, reúne ainda a obra O cemitério dos vivos. Nesta edição, há um conjunto inédito de informações que entrelaçam temas como psiquiatria, história e crítica literária.
O ofício de viver, de Cesare Pavese
Este diário reúne relatos dos últimos 15 anos da vida do escritor italiano Cesare Pavese – de 1935, quando termina de escrever o livro Trabalhar cansa, até 1950, quando comete suicídio. Por meio do livro, acompanhamos o dia a dia do autor, que vive a solidão, a pobreza e as dificuldades no amor e no sexo.
Diário de um grávido, de Renato Kaufmann
Neste livro, Renato Kaufmann retrata as emoções e os percalços da gravidez do ponto de vista masculino. A narrativa passa pelo pânico da primeira notícia até alguns dias após o nascimento do bebê, pelo primeiro ultrassom, as outras grávidas e o sumiço do obstetra.
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Indico também os Diários do escritor maranhense Josué Montello: “Diário da Manhã”, “Diário da Tarde”, “Diário do Entardecer” e Diário da Noite Iluminada” publicados individualmente e Os “Diários completos” coleção publicada pela Ed. Nova Aguilar que inclui o Diário de Minhas Virgilias e Diário da Madrugada. O autor, conta o cotidiano do Brasil e em outros países em que morou, da Academia Brasileira de Letras, escritores brasileiros, ofício de.ser escritor…. desde 1953 até 1993.