Cinco curiosidades e livros de Aldous Huxley
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O mestre da ficção científica nascia há 122 anos Se você gosta de livros sobre futuros distópicos, agradeça ao autor de Admirável mundo novo. Sem Aldous Huxley, provavelmente, não teríamos Jogos Vorazes, Matrix ou, até mesmo, Mad Max. Huxley ajudou a moldar o que entendemos hoje por ficção científica. Você sabia que a vida do autor foi tão estranha e curiosa quanto suas obras? Confira algumas curiosidades sobre Aldous Huxley:
- Walt Disney recusou o roteiro de Huxley para Alice no País das Maravilhas. O pai do Mickey achou que o autor usava palavras muito complicadas para um desenho animado. No entanto, acredita-se que a lagarta fumante do filme seja uma sutil homenagem a Huxley;
- O autor tinha problemas de visão, o que o levou a desistir do sonho de se tornar cientista. Durante sua adolescência, ele passou alguns anos praticamente cego;
- Huxley aparece na capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles;
- Aldous tirou o título do seu livro As portas da percepção de uma frase de O matrimônio do céu e do inferno, de William Blake. Ele também faz referência ao discurso de Miranda em A tempestade, de William Shakespeare, no título de Admirável mundo novo;
- Aldous Huxley morreu em 22 de novembro de 1963. Seu último pedido foi que sua esposa, Laura, desse a ele uma dose de LSD algumas horas antes de morrer.
Alguns dos famosos livros do autor.
O livro narra o cotidiano de uma sociedade controlada por um regime totalitário, onde família, monogamia, privacidade e pensamento constituem crime. Mas o solitário Bernard Marx deseja se libertar. [su_button url="http://www.estantevirtual.com.br/b/aldous-huxley/admiravel-mundo-novo/1710802787" target="blank" style="soft" background="#4abbb0" center="yes" icon="icon: hand-o-up"]Ver livros[/su_button]Huxley, ao mesmo tempo em que faz uma sátira sobre a desumanização do século XX, busca subverter a forma tradicional do romance, escrevendo com base na analogia do contraponto musical. Esta obra combina diversas histórias simultaneamente, apresentando o relacionamento de vários casais que se amam, mas não se comunicam, solitários em suas vidas movimentadas e febris. [su_button url="http://www.estantevirtual.com.br/b/aldous-huxley/contraponto/1486400578" target="blank" style="soft" background="#4abbb0" center="yes" icon="icon: hand-o-up"]Ver livros[/su_button]
Essa obra apresenta o desenvolvimento emocional e intelectual de Anthony Beavis, cujos privilégios, os quais ele mesmo reconhece, permitiram-lhe que dedicasse a vida ao pensamento e aos prazeres mundanos. Mas esse egoísmo hedonista de que gozava transforma-se em pacifismo e empatia depois do contato com Miller, médico e antropólogo que Anthony conheceu no México. Construído de maneira não cronológica, o romance intercala cenas de diversas fases da vida de Beavis a trechos de seu diário, em que ficam registradas as mudanças de suas concepções filosóficas e políticas. A forma fragmentada, descontínua, escolhida pelo autor deixa ainda mais claro o peso que o passado tem sobre o presente. Essa estrutura também evidencia as discrepâncias entre o idealizado e o vivido, entre o escrito e o experimentado. [su_button url="http://www.estantevirtual.com.br/b/aldous-huxley/sem-olhos-em-gaza/575618309" target="blank" style="soft" background="#4abbb0" center="yes" icon="icon: hand-o-up"]Ver livros[/su_button]
Este romance narra o encontro de Jeremy Pordage, erudito britânico um tanto arrogante e inseguro, e Jo Stoyte, milionário tão poderoso quanto superficial, que o contrata para analisar uns documentos antigos — Stoyte teria sido inspirado, assim como o Cidadão Kane, de Orson Welles, em William Randolph Hearst, magnata das comunicações conhecido por todos que estavam de alguma maneira ligados ao mercado cinematográfico. [su_button url="http://www.estantevirtual.com.br/b/aldous-huxley/tambem-o-cisne-morre/3396823575" target="blank" style="soft" background="#4abbb0" center="yes" icon="icon: hand-o-up"]Ver livros[/su_button]
Pala é a tradução mais próxima do Paraíso que podia haver sobre a Terra. Aproveitando o que há de melhor das culturas ocidental e oriental, sua população virou as costas para a corrida tecnológica, o progresso material, as futilidades. Em lugar disso, as pessoas se dedicam às coisas do espírito, ao prazer do corpo, à vida plena. Na contramão da civilização, conseguem ser felizes. Mas sobre esse mundo ideal paira sempre a ameaça do contato com o exterior e seu potencial de destruição. Último livro de Aldous Huxley, escrito em 1962. [su_button url="http://www.estantevirtual.com.br/b/aldous-huxley/a-ilha/2986345201" target="blank" style="soft" background="#4abbb0" center="yes" icon="icon: hand-o-up"]Ver livros[/su_button]
Conheça na Estante Virtual a obra completa do autor. Qual o seu livro favorito de Aldous Huxley? Deixe seu comentário e participe da conversa.]]>
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Admirável Mundo Novo é distópico?!
A sociedade vive em paz e armonia. As pessoas são aceitas dentro de suas classes. Qualquer angústia que a organização social não dê conta é resolvida com o Soma.
Para mim isto é uma utopia. É claro que existem alguns pequenos problemas que, mesmo na utopia do livro, se não houvessem seria chato demais lê-lo.
Mas dizer que num mundo onde 99,9% das pessoas são felizes a história é distópica, eu não posso concordar.
Diferente por exemplo de 1984, onde as pessoas são realmente oprimidas e tem um desejo suprimido por mudança.
Portas da percepção com toda certeza, para que conquistemos um Admirável mundo novo em nossa tela consciencial!
Concordo com o comentário acima. Além de ficção científica, basea-se num olhar visionário-futurístico. Se bem que grande parte, se não todas, das ideias e inventos taxados nesta classificação, tornaram-se realidade ou caminham para tal.
Huxley, grande ídolo.Brave New Word, A Ilha, Contraponto, Sem Olhos Em Gaza e o ensaio As Portas da Perceção são livros imperdíveis e absolutamente deliciosos.
Só discordo do texto quando classifica o autor como ficção científica. Longe disso. O único livro que utiliza desse recurso é o Brave. Huxley é sobretudo um dramaturgo cujo principal objeto é o conflito ético do homem pós-morderno.