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Três livros e três curiosidades sobre Franklin Távora

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Há 174 anos nascia Franklin Távora Franklin Távora é uma figura importante – e menos conhecida –  do Romantismo brasileiro. Esse cearense nascido em 13 de janeiro de 1842 foi um dos primeiros a levantar a bandeira do nacionalismo da literatura nacional. Numa época em que romancistas como José de Alencar, Bernardo Guimarães e Visconde de Taunay eram aclamados por um estilo literário à portuguesa, Franklin gritava que era preciso escrever sobre o brasileiro, sobre nossa natureza, evocando a paisagem aliada ao enfoque de personagens como o sertanejo, o matuto, o gaúcho, o bandido, o cangaceiro, o jagunço e afins.   Seu livro mais famoso abre as portas para o regionalismo Considerada uma de suas obras mais conhecidas, este livro reconstitui o passado histórico de Pernambuco, através das aventuras de José Gomes, cognominado O Cabeleira, antecessor de Lampião. O Cabeleira marca o início do regionalismo na nossa literatura. Ainda apresentando algumas características do Romantismo (o personagem principal é super bonzinho) e do Naturalismo (mas ele acaba corrompido pelo meio em que vive). No final (spoilers) ele se redime em nome do amor, outro clichê do romantismo. Além disso, as mulheres são todas boas (Romantismo), os homens têm defeitos e qualidades (Naturalismo) e o Cabeleira vive perseguido pelo conflito interno (Realismo). Com um pé em cada escola, este livro é a síntese da carreira literária de Távora. O Cabeleira, de Franklin Távora [caption id="attachment_20717" align="alignnone" width="151"]Veja o livro Veja o livro[/caption]   O Cabeleira x O Guarani As cartas a Cincinato foram publicadas no jornal Questões do Dia, entre 14 de setembro de 1871 e 22 de fevereiro de 1872, e reunidas em livro no mesmo ano. Sob o pseudônimo de Simprônio, Távora conversa com um amigo imaginário sobre um inimigo em comum, um tal de Sênio. De acordo com Simprônio, esse tal de Sênio era um escritorzinho meloso,  sem o menor contato com a realidade do brasileiro. Alguém que ousara escrever um romance histórico sobre o Rio Grande do Sul sem nunca ter pisado no estado ou pesquisado sua história. Quem era Sênio? Ninguém menos que José de Alencar, é claro.  Franklin não tolerava os excessos românticos e a visão eurocêntrica do povo brasileiro apresentada nos livros de Alencar. Há quem diga que, no fundo, tudo não passava de recalque de  Távora porque José de Alencar nunca demonstrou apreciação pelo seu romance Os índios do JaguaribeFofocas seculares à parte, as cartas são frequentemente citadas por historiadores literários, apesar de não terem sido reeditadas no século XX, tornando-se uma raridade bibliográfica. Cartas a Cincinato, de Franklin Távora [caption id="attachment_20715" align="alignnone" width="140"]Veja o livro Veja o livro[/caption]   Franklin Távora em cena Como a maioria de seus colegas de geração, o autor escreveu também para o teatro. As obras reunidas neste volume representam significativos exemplos de dramas realistas aparecidos justamente no momento em que tal movimento ganhava força no cenário da dramaturgia brasileira. Representadas por grandes atores e acolhidas positivamente pelo público e pela crítica da época, estas peças de Franklin Távora merecem um lugar de destaque na história da nossa. Teatro de Franklin Távora, de Cláudio Aguiar [caption id="attachment_20716" align="alignnone" width="129"]Veja o livro Veja o livro[/caption]   De que lado você fica na briga entre Távora e Alencar? Deixe a sua opinião e participe da conversa.]]>

Rodrigo Espírito Santo

Rodrigo Espírito Santo

Mestre em Comunicação Social, MBA em Comunicação Corporativa, Pós-graduado em roteiro de audio visual. Mais de 15 anos de experiência em comunicação empresarial, endomarketing, redação publicitária, jornalística e de conteúdo para redes sociais.

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