[Infográfico] Entenda o Nobel de Literatura em números
O Nobel premiou muito mais escritores homens, brancos e europeus. Neste mês, houve a tão esperada premiação da Academia Sueca. Desde quando foi criado, em 1901, o Prêmio Nobel de Literatura tornou-se a maior honra que um escritor pode receber. E esse ano, por conta do inusitado vencedor – o cantor e compositor Bob Dylan – o prêmio foi um prato feito para o noticiário, que acompanhou diariamente as reviravoltas da premiação. Após muita espera, o cantor aceitou a honraria, mas avisou que não compareceria a entrega do prêmio, em Estocolmo, enviando uma carta de agradecimento. Polêmicas de 2016 à parte, ainda é importante entender que falta muito para que o prêmio seja realmente mundial. A falta de diversidade entre os vencedores é um fator gritante. Todos os integrantes da Academia são europeus, por isso o foco certamente está também nos escritores do mesmo continente. Os 50 primeiros anos do prêmio foram praticamente restritos à Europa e 72% de todos os laureados foram europeus, sendo 7 suíços. Pensando na população mundial, os países mais populosos como China, Índia e Estados Unidos não chegam nem perto. Ao todo foram dois chineses laureados, um indiano – há mais de cem anos – e dez americanos. Na comparação os Estados Unidos saem um pouco melhor, no entanto Dylan venceu após um hiato de 23 anos, quando o último americano, Toni Morrison, foi laureado. Tudo isso, sem falar em questões como raça, etnia e gênero. Nesses anos, apenas quatro africanos foram laureados, sendo apenas um deles negro. Entre o total de 113 vencedores do Nobel, 99 foram homens, cerca de 87,6%. A primeira mulher a vencer foi a sueca Selma Lagerlöf, em 1909, cinco anos antes de integrar a Academia. Nos últimos 20 anos, houve algumas mudanças positivas, mas ainda longe do ideal. No período, cinco mulheres foram vencedoras, apenas 25%. É preciso olhar para trás e sempre questionar, para que o prêmio não pare no tempo e continue a ter sua importância e relevância mundial.
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