8 de abril – Dia Mundial do Combate ao Câncer
10 dicas literárias para inspirar você nesse dia!
A convivência com um câncer, como todos sabem, é uma luta árdua que afeta não só a pessoa envolvida, mas todos que estão à sua volta. O dia a dia pode envolver tratamentos longos, remédios fortes, dores, além de um pessimismo constante – e justificável – e o convívio com discursos prontos a todo o momento em que alguém pergunta “como você está passando?”.
Para ajudar nessa difícil realidade, pensamos em oferecer dicas literárias para melhorar o conforto e o bem-estar, e que colaborem no entendimento de como conviver da melhor maneira possível com um tumor. Sim, são histórias em que ele é personagem importante, mas são, também, histórias que nos dão força, que nos mostram que a vida não deve parar jamais e que a vontade de viver é maior do que tudo. Confira!
Branca como o leite, vermelha como o sangue, de Alessandro D’Avenia
Este é o romance sobre o ano mais intenso na vida de um jovem, em que ele aprende a lidar com os próprios sentimentos e, consequentemente, com seu amadurecimento. Leo é um garoto de dezesseis anos como tantos: adora o papo com os amigos, o futebol, as corridas de motoneta, e vive em perfeita simbiose com seu iPod. Apesar de toda a rebeldia, ele tem um sonho que se chama Beatriz. E, quando descobre que ela está terrivelmente doente, Leo deverá escavar profundamente dentro de si, sangrar e renascer para a vida adulta que o espera. Branca como o leite, vermelha como o sangue não é apenas um romance de formação ou uma narrativa de um ano de escola: é um texto corajoso que, por meio do monólogo de Leo – ora descontraído e divertido, ora mais íntimo e atormentado –, conta o que acontece no momento em que, na vida de um adolescente, irrompem o sofrimento e o pesar, e o mundo dos adultos parece não ter nada a dizer.
A guardiã da minha irmã, de Jodi Picoult
Concebida por meio de uma fertilização in vitro, Anna foi trazida ao mundo para ser uma combinação genética para a sua irmã mais velha, Kate, que sofre de leucemia promielocítica aguda. Infelizmente, aos 15 anos, Kate passa a sofrer de insuficiência renal. Anna sabe que se doar seu rim, ela terá uma vida limitada. Ciente de que terá de doar um de seus rins para sua irmã, Anna processa os pais para obter emancipação médica e direito sobre seu próprio corpo.
A culpa é das estrelas, de John Green
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
A mais pura verdade, de Dan Gemeinhart
Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Contudo, Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual ele pode nunca melhorar. Então, Mark sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano: alcançar o topo do Monte Rainier, nem que seja a última coisa que ele faça. Uma das grandes qualidades de A mais pura verdade é emocionar o leitor sem cair no comum e clichê dramalhão. Um livro maduro.
tempo é dinheiro, de Lionel Shriver
Shep Knacker sempre economizou para a “Outra Vida”: um retiro idílico numa ilha na África, onde um modesto pé-de-meia poderia durar para sempre. Quando ele vende sua empresa de consertos domésticos por um milhão de dólares, parece que seu sonho finalmente será realizado. Ainda que Glynis, com quem é casado há 26 anos, sempre arrume desculpas e diga que nunca é o momento certo para partirem. Mas, recém-chegada de uma consulta médica, ela tem um anúncio a fazer: está doente e precisa desesperadamente de seu plano de saúde. Mas o convênio cobre apenas parte das despesas incrivelmente altas do tratamento, e o pé-de-meia de Shep para a “Outra Vida” parece se desfazer a cada dia. tempo é dinheiro acompanha as transformações de um casamento que é posto à prova ao mesmo tempo que se fortalece com as exigências de uma doença grave, e se revela uma inesperada oportunidade para a ternura, a renovação da intimidade e o humor ácido.
O outro, de Bernhard Schlink
Depois de perder a mulher para o câncer, Bengt procura conforto nas tarefas mais simples do dia a dia. Até que recebe uma carta endereçada a ela e tudo o que viveram juntos desmorona. Percebendo a chance de manter viva a memória da esposa, Bengt começa a responder às cartas como se fosse Lisa. A cada nova carta, ele a redescobre. Entretanto, as mensagens não são suficientes e logo a empatia entre os dois e a curiosidade de Bengt fazem com que ele vá ao encontro do Outro.
O imperador de todos os males, de Mukherjee Siddhartha
Uma “biografia” profundamente humana do câncer. Ele narra em detalhes as etapas do processo cheio de idas e vindas da pesquisa da doença, as promessas de vitórias e as recaídas, as radicalizações temerárias de tratamentos como a mastectomia e a quimioterapia, e a importância tardia dada à prevenção, que levou a avanços como o exame de Papanicolau e o combate ao fumo. Em linguagem acessível, Mukherjee revela os notáveis resultados da recente pesquisa genética, que desvendam o mecanismo íntimo da doença e vão sendo paulatinamente incorporados ao tratamento. Tudo isso numa linguagem que tem a precisão do cientista e a paixão do biógrafo que não esconde sua admiração por um mal capaz de assumir muitas formas e que está à nossa frente na corrida pela imortalidade.
A estrela que nunca vai se apagar, de Esther Earl
Diagnosticada com câncer da tireoide aos doze anos, Esther Grace Earl era uma adolescente talentosa e cheia de vida. Fazendo jus ao nome, que em persa significa “estrela”, ela marcou todos em seu caminho com sua generosidade, esperança e altruísmo enquanto enfrentava com graciosidade o desgaste físico e mental causado pela doença. Filha, irmã e amiga divertida, alto-astral e inspiradora, Esther faleceu em 2010, logo após completar dezesseis anos, mas não sem antes servir de inspiração para milhares de pessoas por meio de seu vlog e dos diversos grupos on-line de que fazia parte. A estrela que nunca vai se apagar é uma biografia única, que reúne trechos de diários, textos de ficção, cartas e desenhos de Esther. Fotografias e relatos da família e de amigos ajudam a contar a história dessa menina inteligente, astuta e encantadora cujos carisma e força inspiraram o aclamado autor John Green a dedicar a ela sua obra-prima A culpa é das estrelas.
A vida imortal de Henrietta Lacks, de Rebecca Skloot
Henrietta Lacks era descendente de escravos e nasceu em 1920, numa fazenda de tabaco no interior da Virgínia. Aos trinta anos, casada e mãe de cinco filhos, ela descobriu que tinha câncer. Em poucos meses, um tumor no colo do útero se espalhou por seu corpo. Ela se tratou no Hospital Johns Hopkins, e veio a falecer em 1951. No hospital, uma amostra do colo do útero de Henrietta havia sido extraída sem o seu conhecimento, e fornecida à equipe de George Gey. Este demonstrou que as células cancerígenas desse tecido possuíam uma característica até então inédita – mesmo fora do corpo de Henrietta, multiplicavam-se num curto intervalo, tornando-se virtualmente imortais num meio de cultura adequado. Por causa disso, as células ‘HeLa’, logo começaram a ser utilizadas nas pesquisas em universidades e centros de tecnologia. Como resultado, a vacina contra a poliomielite e contra o vírus HPV, vários medicamentos para o tratamento de câncer, de AIDS e do mal de Parkinson, por exemplo, foram obtidos com a linhagem ‘HeLa’. Apesar disso, os responsáveis jamais deram informações adequadas à família da doadora e tampouco ofereceram qualquer compensação moral ou financeira pela massiva utilização das células. A vida imortal de Henrietta Lacks reconstitui a vida e a morte desta injustiçada personagem da história da medicina.
O recurso, de John Grisham
Num tribunal do Mississippi, o júri volta atrás do veredicto contra uma companhia acusada de despejar resíduos tóxicos no reservatório de água de uma pequena cidade, causando o maior boom de câncer da história – a empresa apelara à Suprema Corte, composta por nove juízes. A questão é: quem eram eles? Como votaram? Algum deles poderia ser substituído com o intuito de alterar a decisão final? A política sempre foi um jogo sujo. John Grisham mostra, agora, que a justiça também é.
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