Autores de infanto-juvenis decidem escrever livros para adultos
A escritora britânica J. K Rowling, responsável pela criação da saga Harry Potter, surpreendeu a todos os seus fãs quando anunciou que lançaria mais um livro em 2012 – Morte Súbita. Para a tristeza de muitos, não se tratava de um 8º livro da saga, mas uma obra voltada para o público adulto que aborda temas como drogas, política, sexo, bullying e até mesmo violência doméstica – temas bem distantes dos mistérios e da magia dos livros anteriores. Apesar de incomum, essa não é a primeira vez que um autor de infanto-juvenil se aventura em uma história voltada para um público mais adulto. O escritor brasileiro Caio Riter começou sua carreira em 1994 quando lançou o livro infantil Um Palito Diferente. E cinco anos depois publicava seu primeiro livro de contos adultos, Teia de Silêncios, que atualmente encontra-se esgotado nas livrarias convencionais. E alguém aí se lembra da série Artemis Fowl que trazia como protagonista um menino maligno que queria destruir o mundo das fadas? Pois é, seguindo um caminho totalmente distinto, o último livro de Eoin Colfer, Aviador, foi considerado por muito de seus fãs uma obra muito mais madura, com uma história densa e que pode ser facilmente enquadrada em uma literatura para adultos. Há quem considere que Meg Cabot, autora que fez sucesso com a série O Diário da Princesa, também deveria entrar nessa lista, mas desconhecem que seu primeiro livro A Rosa do Inverno, lançado em 1998, sob autoria de Patrícia Cabot, já era voltado para o público adulto e possuía um enredo com teor sexual.
Na minha opnião acredito, que todos os escritores acima são esperimentadores de ambos os mundos, tanto o infanto juvenil, como o adulto, por isso fica bem óbviu as suas decisões de de mudarem tão derrepente de público. No meu caso que escrevo voltado para o público (jovem e adulto), me sinto confortado em saber que este é um universo mestiço com divesos parâmetros de teoria.