Peças de teatro que viraram livros
Dia Nacional do Teatro. São várias as teorias existentes sobre o surgimento da arte, mas nenhuma delas até hoje foi comprovada. Alguns estudiosos acreditam que o teatro teria surgido a partir de rituais primitivos. Já outros crêem que ele é, na verdade, uma evolução do hábito milenar de contar histórias. E ainda há aqueles que afirmam que a arte se desenvolveu a partir das danças e dos jogos de imitações. Entretanto, o que nenhum deles nega, e as evidências comprovam, é que há milhões de anos o teatro já dava os seus primeiros passos. E foi na Grécia Antiga que a arte se consolidou quando os tradicionais festivais em homenagem aos deuses gregos – como o Ditirambo: rito de celebração à Dionísio (deus grego da fertilidade e do vinho) – evoluíram, originando as famosas tragédias e comédias gregas. No Brasil, o teatro surgiu apenas no século XVI e tinha como objetivo central a propagação da fé cristã, sobretudo, com o intuito de catequizar os índios que aqui viviam. Não é a toa que o padre José de Anchieta é considerado um dos principais atores da época. Somente com a vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, e a Independência declarada, em 1822, é que o caráter religioso ficou de lado e o teatro, como arte, se desenvolveu no país. Com o palco montado e os atores em cena, o teatro logo caiu em nosso gosto popular. Ariano Suassuna, Chico Buarque, Maria Clara Machado, Nelson Rodrigues … Se muitas vezes o que separa um ator de um autor é apenas a letra “u”, literatura e teatro também andam lado a lado. O poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca costumava afirmar que “o teatro é a poesia que sai do livro e se faz humana”. Não há dúvidas de que ele estava correto. Mas, muitas vezes, teatro e livro percorrem o caminho inverso. E como o espetáculo tem que continuar, o que teve origem no palco também pode virar livro. Confira! Peças de teatro que viraram livros:
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Calabar: o elogio da traição
Chico Buarque -
As moscas
Jean-Paul Sartre -
Vestido de noiva
Nelson Rodrigues -
Pluft, o fantasminha e outras peças
Maria Clara Machado -
Estado de sítio
Albert Camus -
A importância de ser prudente e outras peças
Oscar Wilde -
Auto da barca do inferno
Gil Vicente -
Parem de falar mal da rotina
Elisa Lucinda -
Fulgor e morte de Joaquín Murieta
Pablo Neruda -
O rei da vela
Oswald de Andrade -
O pagador de promessas
Dias Gomes -
As folhas do cedro
Samir Yazbek -
O amor do soldado
Jorge Amado -
Casa de bonecas
Henrik Ibsen -
A morte de um caixeiro viajante e outras 4 peças
Arthur Miller -
Édipo Rei
Sófocles -
Romeu e Julieta
William Shakespeare -
O santo e a porca
Ariano Suassuna