O legado de Martin Luther King
Martin Luther King tornou-se um símbolo pacifista por sua dedicação à justiça e igualdade entre todos os homens, raças e povos.
É possível afirmar que grande parte do movimento pacifista que percorreu o mundo na década de 1960 e 1970 teve influência nos ideais de Martin Luther King. Entrando para a história como um dos maiores líderes mundiais pacifistas que já existiram, Luther King teve seu trabalho reconhecido formalmente ao ser a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz, em 1964.
Martin Luther King nasceu em Atlanta, Estados Unidos, no dia 15 de janeiro de 1929. Quando criança, costumava cantar no coro de sua igreja e sua infância repleta de ideais religiosos teve um impacto em sua juventude, quando decidiu tornar-se seminarista porque, segundo ele, a Bíblia tinha “muitas verdades profundas que podem escapar.” No entanto, no seu percurso como pastor protestante e ativista político, começou a questionar-se sobre as verdades bíblicas que sempre teve certeza: “As dúvidas começaram a brotar inexoravelmente”, Martin comentou uma vez.
Não digam que sou um Prêmio Nobel. Isso não tem importância. Digam que fui o porta-voz da justiça. Digam que procurei dar amor, que procurei amar e servir à humanidade.
O primeiro movimento político que Martin Luther King participou oficialmente foi em 1955, no qual teve início com uma mulher negra que foi presa ao negar-se a ceder o seu lugar no ônibus para uma mulher branca. Os líderes negros da cidade organizaram um boicote aos ônibus para protestar contra a segregação racial no transporte. O movimento ficou conhecido por ser liderado pelo pastor. Em seus anos de ativismo, os números falam por si só: foram 9,3 milhões de quilômetros que o pastor percorreu pelos Estados Unidos durante 13 anos, nas quais falou oficialmente cerca de 2.500 vezes em público e foi preso em mais de vinte ocasiões, sendo agredido fisicamente ao menos 4 vezes.
No entanto, sua preocupação com à igualdade e a justiça já estavam presentes em sua vida desde muito cedo. Quando sua avó faleceu vítima de um ataque cardíaco, em maio de 1941, Martin era apenas uma criança e tinha ido a um desfile com seus pais contra a sua vontade. Ao voltar para casa, percebeu que sua avó havia morrido sozinha e começou a se culpar pelo ocorrido, pensando que se tivesse ficado em casa – como era a sua verdadeira vontade – o pior não teria acontecido. Atormentado, tentou suicídio ao pular da janela do segundo andar de sua casa.
Temos que aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos como loucos.
O seu discurso “I have a dream” (eu tenho um sonho), realizado no Monumento a Lincoln em Washington, em 1963, entrou para a história como um arquétipo da luta pela paz mundial. Martin Luther King não lutava apenas contra a segregação racial e os direitos civis dos negros, mas também pelo fim da guerra do Vietnã, pela paz e igualdade entre todos os homens, raças e povos. Morreu aos 39 anos, vítima do seu próprio medo: a intolerância. Foi assassinado por um tiro em 1968, disparado por um homem branco e que era à favor da segregação. De acordo com o seu biógrafo Taylor Branch, os relatos da autópsia do seu corpo mostram que seu coração era parecido com o de um homem de 60 anos, por conta do efeito do estresse. Na literatura, existem diversos livros que abordam desde sua história até a coleção completa de todos os seus discursos. Confira algumas obras sobre o ativista e símbolo da luta pela paz!
O grito da consciência, de Martin Luther King Jr
Esta biografia conta a trajetória de um dos maiores líderes mundiais do século XX. Em O grito da consciência, a vida e os sonhos de Martin Luther King não inspirou somente a igualdade em tempos sombrios de preconceito racial, mas o respeito, a paz e principalmente a consciência da bondade.
O jovem Martin Luther King, de Christy Whitman
Eu tenho um sonho. A frase ecoou, forte e eletrizante, entre as milhares de pessoas reunidas no Memorial Lincoln na manhã de agosto de 1963, em Washington, para ouvir a voz decidida de Martin Luther King Jr. A manifestação iria constituir um marco na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos,coroando a vida do grande líder pacifista.
Não podemos esperar, de Martin Luther King
Em Não podemos esperar, Martin Luther King expõe a importância da luta pelos direitos civis dos negros, dissemina sua teoria da não-violência e da igualdade, ressaltando a importância de nunca deixarmos de lutar pela paz mundial e o fim do preconceito.
As palavras de Martin Luther King, de Martin Luther King
Martin Luther King liderou uma revolução que mudou para sempre os Estados Unidos e se estendeu por todo o mundo, tornando-se símbolo da luta pela igualdade e pela paz. Foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz, em 1964, alguns anos do seu assassinato. Essa luxuosa edição com capa dura reúne os trechos mais marcantes de seus anos de luta.
Martin Luther King – o pacificador, de Fernanda Cury
“O amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo”. A autora Fernanda Cury conta a brilhante história de um dos maiores líderes norte-americanos, Martin Luther King, que desde cedo lutou contra as injustiças sofridas por ele e por todos que estavam à sua volta.