Cinco livros e cinco curiosidades sobre Glauber Rocha
O cineasta brasileiro falecia há 35 anos Glauber Rocha é uma daquelas figuras da cultura brasileira que muitos citam e poucos conhecem. Em torno de suas ideias e seus filmes revolucionários, o cinema brasileiro se estabeleceu e ganhou uma personalidade própria nas últimas décadas do século XX. No dia em que completamos 35 anos sem Glauber, algumas curiosidades e alguns livros para entender melhor o legado deste genial artista. Em 1976, o diretor filmou, sob protestos da família, o velório do pintor Di Cavalcanti. O material rendeu um curta, que foi proibido de ser exibido depois que a filha do artista entrou com uma ação na justiça. Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça: Glauber Rocha e a invenção do cinema brasileiro moderno, de Frederico Osanam Amorim de Lima Esta obra procura estabelecer uma ampla interlocução entre os vários sujeitos envolvidos com as produções sobre o cinema brasileiro, e que tomam a noção de moderno como ponto de discussão. [caption id="attachment_23822" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Glauber morreu em 1981, vítima de uma pericardite viral. Seu corpo foi velado no Parque Lage, no Rio de Janeiro, cenário de um de seus grandes sucessos, Terra em Transe.
Glauberiana: Revolução do Cinema Novo, de Glauber Rocha Este livro tem duas partes distintas: na primeira, Glauber ordena artigos publicados ao longo dos anos anteriores, transcreve debates e retoma entrevistas. Não falta o célebre artigo “Eztetyka da fome”, primeira síntese sobre o cinema novo dirigida aos europeus, apresentado na Retrospectiva do Cinema Latino-Americano, em Gênova, em 1965. Na segunda parte, há uma reunião de reflexões e notas biográficas escritas em 1980, uma “memória afetiva” que se refere diretamente a personagens da vida cultural da época. [caption id="attachment_23821" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Sua mãe mantém um acervo com mais de 80 mil documentos e imagens feitos pelo cineasta. Eles estão guardados na sede do instituto Tempo Glauber, no Rio de Janeiro.
A Primavera do Dragão: A juventude de Glauber Rocha, de Nelson Motta O autor constrói um relato ágil sobre a juventude inquietante do cineasta baiano e a criação do Cinema Novo, que revolucionou a estética cinematográfica brasileira. Com a mesma pegada pop e o talento para resgatar histórias bem-humoradas de seus livros anteriores, Nelson Motta traça o panorama de uma geração que inscreveu o Brasil no mapa do cinema internacional e arrancou elogios de Truffaut a Sartre. No livro, ele evoca o nascimento do cineasta em Conquista, no interior baiano. Refaz as andanças do artista pela efervescente capital baiana, geralmente acompanhadas pelo amigo João Ubaldo Ribeiro. [caption id="attachment_23818" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Em 2004, o diretor Silvio Tendler finalizou “Glauber – O Filme Labirinto do Brasil”, que fala sobre a morte do cineasta. Demorou 21 anos para ficar pronto, porque a família de Glauber demorou a autorizar sua realização.
Cartas ao mundo, de Glauber Rocha Caetano Veloso, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Ênio Silveira, João Ubaldo Ribeiro, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, José Guilherme Merquior. Estes são alguns dos destinatários das cerca de 270 cartas reunidas neste livro, escritas por Glauber entre os 14 e 42 anos e recuperadas após sua morte. Glauber Rocha oferece a seus correspondentes diários minuciosos em que faz revolução e auto-análise, fecha negócios, esboça tratados e vive o exílio. Vistas em conjunto, as cartas desenham o retrato de uma das mais apaixonantes personalidades brasileiras do século XX. [caption id="attachment_23819" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption] O cineasta Martin Scorsese nunca escondeu sua paixão pela arte de Glauber Rocha. Os dois estiveram juntos três vezes: em Nova York, Los Angeles e, por último, no Festival de Veneza em 1980.
Glauber Pátria Rocha Livre, de Gilberto Felisberto Vasconcelos Glauber Rocha foi um artista com muitas contradições, expressas à sua maneira exaltada, polêmica. Dele houve quem dissesse: “É um gênio que não se deve levar a sério”, e também quem o admirasse por sua personalidade mágica. Amado ou detestado, admitido ou contestado, Glauber marcou época. Esse livro é uma reflexão sobre a vida e a obra de Glauber, conduzida com glauberiana lucidez. [caption id="attachment_23820" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
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Show.
Adorei “Idade da Terra “o seu mais radical filme poucos intenderäo .