Cinco livros para entender de vinho
22 de outubro é Dia Nacional do Enólogo O vinho e o livro são companheiros culturais de longa data. Para começar, muita gente prefere degustá-los juntos. Também é verdade que muita gente não entende o fascínio que ambos exercem sobre seus adoradores. E o consumo regular acaba refinando os gostos e afunilando as preferências. Em alguns casos, um bom livro pode orientar os degustadores de primeira viagem a escolher melhores vinhos. Em outros, um bom vinho pode realçar a experiência da leitura. De qualquer maneira, para celebrar o Dia Nacional do Enólogo, separamos cinco livros para quem tem interesse pela bebida favorita de Baco. E não custa lembrar: beba de forma responsável, depois dos 18 anos e nunca antes de dirigir. Saúde. Os sentidos do vinho, Matt Kramer [caption id="attachment_19656" align="alignnone" width="233"] Veja o livro [/caption] Um clássico fundamental tanto para especialistas quanto para apreciadores. Muito do sucesso deste título se deve à capacidade de seu autor de aliar clareza à riqueza de informações. Matt Kramer, colunista da respeitada publicação Wine Spectator, reúne teoria e prática, fatos e dicas capazes de fascinar todos os leitores. Combinando bom senso, conhecimento e clareza, o autor conduz o leitor pelos detalhes da fermentação, dos garrafas, das adegas climatizadas, das denominações controladas, e também da arte de combinar vinhos à culinária – incluindo uma lista de receitas no fim do livro. O livro do vinho, de Joanna Simon [caption id="attachment_19658" align="alignnone" width="233"] Veja o livro [/caption] Esta obra traz informações essenciais, desde os tipos de uva até os detalhes mais importantes da produção da bebida. Um guia de degustação com orientações sobre os melhores vinhos de cada categoria. As descrições sobre os tipos da bebida em diversos países oferecem informações técnicas para o leitor escolher, dos brancos leves aos tintos vibrantes, passando por espumantes aromáticos. Ricamente ilustrado, é um verdadeiro roteiro que levará o leitor a uma viagem de exploração vinícola. Gosto e poder, de Jonathan Nossiter [caption id="attachment_19659" align="alignnone" width="237"] Veja o livro[/caption] O polêmico documentarista Jonathan Nossiter defende a tese de que o gosto é muitas vezes apenas a expressão de um poder. A jornada do autor começa no Rio de Janeiro, na companhia dos cineastas Walter Salles e Karim Aïnouz, em torno de um Aglianico del Vulture da região onde Pasolini rodou o Evangelho segundo São Mateus. Depois sobe e desce colinas em direção a caves, restaurantes, vinícolas e shopping centers de vinho da Europa. Desses caminhos, surge um panorama enviesado do mercado do luxo, de um ponto de vista senão de uma gastrutopia — do luxo gastronômico para todos —, ao menos da autonomia de um apaixonado curioso pela dimensão cultural do vinho, disposto a reforçar a liberdade de expressão do próprio prazer. A arte de degustar o vinho, de Enrico Bernardo [caption id="attachment_19660" align="alignnone" width="235"] Veja o livro[/caption] A obra é toda ilustrada, e dividida em três partes: “Aprender a degustar”; “Os grandes terroirs e vinhos do mundo”; “Os gestos do vinho”. A arte de degustar o vinho convida o leitor para uma viagem pelo mundo através dos sentidos. Enrico Bernardo foi reconhecido como melhor sommelier da Itália aos vinte anos e melhor do mundo aos vinte e sete. Hoje é sommelier-chefe do Cinc, restaurante do Four Seasons Hôtel George V, em Paris. Vinho e guerra, de Petie Kladstrup [caption id="attachment_19657" align="alignnone" width="225"] Veja o livro[/caption] Don e Petie Kladstrup contam a história de tradicionais famílias de vinicultores franceses que impediram os nazistas de roubar um de seus símbolos mais genuínos – o vinho. Usando das incríveis artimanhas, como a construção de paredes com teias de aranha para esconder safras preciosas e a sabotagem de trens que transportavam vinho para a Alemanha, os produtores formaram uma espécie de Resistência paralela a fim de proteger a economia da França e preservar um de seus patrimônios culturais. Qual a sua bebida favorita para a hora da leitura? Deixe sua opinião e participe da conversa. ]]>
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O Connasseir Acidental, este livro nao pode faltar, por favor.