Dia da Literatura Brasileira: os 10 livros mais vendidos em abril
Em 1º de maio, temos muitos motivos para comemorar! É o Dia da Literatura Brasileira em homenagem ao aniversário de José de Alencar.
Entramos em maio com o pé direito! No último mês, comemoramos tantas coisas que vale a pena recapitular. Começamos abril com o Dia Mundial do Livro Infantil (02/04), depois tivemos Dia Nacional do Livro Infantil (18/04) e fechamos com o Dia Mundial do Livro (23/04). Entre essas datas, laçamos dois roteiros literários no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foram dois percursos planejados especialmente para os nossos leitores a fim de que pudessem explorar pequenas livrarias e sebos da capital carioca e paulista.
Fato é que, quem ama literatura desde sempre, não precisa de data oficial para celebrar. Afinal, todo dia é dia de ler, aprender e devorar cada página. Mesmo assim, queremos aproveitar a oportunidade para homenagear o Dia da Literatura Brasileira hoje. E, coincidência ou não, entre os mais vendidos do mês de abril na Estante Virtual, um pouco mais da metade foi de obras de autores nacionais.
Os 10 mais vendidos
Mais uma vez, destacamos entre os livros mais vendidos a obra ‘Quarto de Despejo’ em primeiro lugar [no segundo mês consecutivo]; ‘Dom Quixote de La Mancha’ na segunda posição e ‘A droga da Obediência’ no terceiro posto. Entre as novidades, destacamos ‘A elite do atraso’, de Jessé Souza e “Mulheres que correm com os lobos’, de Clarissa Pinkola Estés – que faz muito sucesso no público feminino de leitoras. Confira a lista completa!
Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus
O duro cotidiano da favela ganha uma dimensão universal no diário de uma catadora de lixo. Com linguagem simples, uma mulher negra, pobre e semianalfabeta uma conta o que viveu, sem artifícios ou fantasias. O texto escrito em primeira pessoa do singular registra fatos políticos e sociais importantes do Brasil – iniciando em 1955 e terminando em janeiro de 1960. A leitura nos coloca em contato com cinco anos da vida da personagem, que representa a voz dos excluídos, marginalizados e estereotipados da nossa sociedade desigual.
Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes (tradução de Ferreira Gullar)
Há pouco considerado por uma comissão internacional de escritores como o melhor livro de todos os tempos, Dom Quixote nos chega agora traduzido e adaptado por Ferreira Gullar, que extraiu o melhor sumo do conteúdo poético e humanista dos cinco grossos volumes da edição original da obra de Miguel de Cervantes e, numa linguagem moderna e fluida, a tornou mais acessível aos leitores de nosso tempo.
A droga da obediência, de Pedro Bandeira
Num clima de mistério e suspense, um grupo de cinco estudantes – Os Karas – enfrenta uma macabra trama internacional liderada pelo sinistro Doutor Q.I.. Ele pretende subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa droga. Esta já está sendo experimentada em alunos dos melhores colégios de São Paulo. Este é um trabalho para Os Karas – o avesso dos coroas, o contrário dos caretas.
O pequeno príncipe, de Antoine Sainty-Exupéry
Quando a pauta envolve magia, este clássico é um dos primeiros que vem à mente de crianças e adultos. Mas não estamos falando de uma magia mística ou desconhecida, mas aquela que é vista poucas vezes na beleza da vida. Antoine de Saint-Exupery narra brilhantemente a história em que um pequeno príncipe conta sua própria história (da sua flor e do seu pequeno planeta). Por meio de imagens simbólicas, o enredo se consolida, na verdade, na representação do próprio escritor em um monólogo interior entre o “eu” e o “outro”. O livro é um dos mais vendidos e traduzidos em todo mundo, ficando apenas atrás da Bíblia.
Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie
Como fazer amigos e influenciar pessoas comemora 82 anos como o best-seller obrigatório para quem busca o sucesso, seja na vida pessoal ou na vida profissional.
Dom Casmurro, de Machado de Assis
Machado de Assis, escrevendo Dom Casmurro, produziu um dos maiores livros da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de “olhos oblíquos e dissimulados”, de “olhos de ressaca”, Machado nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiuçam, o analisam sob todos os aspectos. Em vão. Embora o autor se tenha dado ao trabalho de distribuir pelo caminho todas as pistas para quem quisesse decifrar o enigma, ninguém ainda o desvendou.
A Elite do Atraso: da Escravidão à Lava Jato, de Jessé Souza
O sociólogo Jessé Souza reflete sobre as questões das desigualdades raciais e sociais, fazendo uma análise geral desde os grandes veículos da comunicação, passando pelos comentários das redes sociais e até as conversas de mesas de bar. A obra é um confronto à sociedade que foi forjada sob a escravidão, em um texto acessível, crítico e violento, a fim de compreendermos e diferenciarmos as estruturas que sustentam o Brasil.
Comédias para se ler na escola, de Luis Fernando Verissimo
De um lado, histórias do mestre do humor. De outro, a especialista em literatura infanto-juvenil seleciona as melhores crônicas capazes de despertar o prazer os jovens pela leitura. Resultado: uma combinação de talentos para desenvolver em sala de aula. Claro, sem faltar o humor único e inteligente.
Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés
Os s lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, a autora descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Esta obra ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos e aborda 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam.
A Hora da Estrela, de Clarice Lispector
Macabéa vive sem saber para quê. Depois de perder a tia, viaja para o Rio de Janeiro, aluga um quarto, emprega-se como datilógrafa e se apaixona por Olímpio de Jesus – que logo a trai com uma colega de trabalho. Resenha: O último livro escrito por Clarice Lispector é também uma despedida. Lançado pouco antes de sua morte, A hora da estrela conta os momentos de criação de Rodrigo, o escritor que narra a história de Macabéa. Ela sabia que a morte estava próxima e coloca um pouco de si nas personagens. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a rádio Relógio e que passou a infância no Nordeste, assim como Clarice. A despedida da autora é uma obra instigante e inovadora. Como diz Rodrigo, estou escrevendo na mesma hora em que sou lido. É a autora contando uma história e, ao mesmo tempo, revelando ao leitor seu processo de criação e sua angústia diante da vida e da morte.
Quais livros dessa lista você já leu e recomenda?
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