Albert Einstein, Stephen Hawking e as coincidências do dia 14 de março
Homem persistente e convicto, Albert Einstein tornou-se um dos maiores expoentes da história. Saiba mais sobre sua vida, trajetória e obras!
Quatorze de março é, sem dúvidas, uma data emblemática. Vamos, por um minuto, esquecer todas as meras coincidências e acreditar que não é por acaso que celebramos o nascimento de Albert Einstein – exatamente – no mesmo dia em que o físico britânico Stephen Hawking nos deixou. Também não é por acaso que o grande cientista Hawking nasceu 300 anos após a morte de Galileu Galilei, o pai da ciência moderna. São genialidades interligadas, responsáveis por inúmeras contribuições que cruzaram o tempo, espaço e gerações.
Em um dia como hoje, em 14 de março de 1879, nascia na Alemanha um dos gênios mais influentes do século XX. Digamos que a trajetória de Albert Einstein poderia ter sido improvável, mas suas descobertas ecoaram mais alto no universo e mudaram para sempre a forma como enxergamos o mundo natural. Ainda pequeno, sua dificuldade cognitivas de aprendizado e dicção vagarosa até chegaram a preocupar seus pais e, para piorar, ele tinha muita resistência às normas e exigência do sistema.
Ponto de virada: a primeira reflexão científica
Foi por volta dos cinco anos de idade que sua paixão pela ciência veio à tona quando seu pai lhe mostrou uma bússola pela primeira vez. Embora fosse um objeto simples, de bolso, Albert Einstein ficou hipnotizado e intrigado para descobrir o que havia por trás daquele funcionamento. “Como é que uma agulha pode se movimentar, flutuando no espaço, sem auxílio de nenhum mecanismo?”, perguntava a si mesmo, fascinado.
Os insights da sua mente eclodiram quando, aos 16, ele se imaginou andando ao lado da eletricidade contida em um fio telegráfico. Indo ainda mais além, questionamentos sobre a suposição da velocidade de um raio de luz, ondas e movimento relativo o levou a escrever seu primeiro artigo científico intitulado “A investigação do estado do éter em campos magnéticos”.
Logo, Albert Einstein não se tornou o pai da teoria da relatividade em um passe de mágica. Por trás dos cabelos sempre para o alto do cientista, há uma sucessão de impasses: ele não foi aprovado de primeira na universidade, teve artigos científicos ignorados, tese de doutorado rejeitada, por exemplo. Quando, finalmente, aos 26 anos, o gênio descobriu (e comprovou!) que a velocidade da luz era constante, suas produções roubaram a atenção do universo acadêmico e seu reconhecimento internacional veio à tona.
A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso e dando origem à evolução”
Prêmios, legados e produções
Em 1921, ele foi premiado com o Prêmio Nobel da Física pela explicação do efeito fotoelétrico. Suas principais descobertas se desenvolveram em sua mente e imaginação, não eram frutos de laboratórios ou experimentações. O que nos mostra que a missão científica de Albert Einstein é eterna – mesmo após a sua morte. Por isso (e muito mais!), selecionamos 6 títulos que fazem jus aos legados e contribuições do autor para a humanidade. Confira!
Como vejo o mundo, 1934
Nesta obra clássica, um dos maiores expoentes da ciência nos apresenta seu lado espirituoso, assim como suas intensas preocupações com a humanidade. Ele, como um ativista na luta contra o racismo e outras formas de discriminação, era um homem pacífico e lutava pelo bem coletivo dos seres humanos. O livro reúne escritos entre 1930 e 1935 e apresenta temáticas como desarmamento, respeito às minorias, ciência como religiosidade – com argumentos que, mesmo com a virada do século, continuam contemporâneos.
A teoria da relatividade especial e geral, 1916
“Pretendo dar uma ideia, a mais exata possível, da Teoria da Relatividade àqueles que, de um ponto de vista geral científico e filosófico, se interessam pela teoria mas não dominam o aparato matemático da física teórica. Não poupei esforços para apresentar as ideias principais de maneira particularmente clara e simples, respeitando, em geral, a sequência e o contexto em que elas surgiram. Que este pequeno livro possa proporcionar a muitos leitores algumas horas de estímulo intelectual.” Esta é uma nota de Albert Einstein destinada a não-especialistas, na qual o físico discorre sobre sua principal descoberta científica. Vale muito a pena!
O poder nu, 1914
Prepare-se para uma obra forte e filosófica, no qual o autor traz críticas e denúncias aos sistemas políticos e sociais. Na contracapa do livro, o autor diz: “ainda que se possa destruir um homem livre e responsável, nunca se poderá fazer dele um escravo ou um joguete”.
A evolução da física, 1938
De acordo com algumas avaliações, esta é uma das leituras mais acessíveis deixadas pelo autor. Uma vez que o livro foi publicado a fim de discorrer sobre a teoria da relatividade, Einstein fala também sobre os fundamentos da física com gráficos e diagramas. Além disso, ele aborda sobre as inúmeras tentativas já realizadas pela mente humana para conectar o mundo das ideias e os fenômenos. A obra foi escrita em parceria com o físico polonês Leopold Infeld.
Escritos da maturidade – ciência, religião, racismo, educação, relações sociais, 1994
A atualidade do pensamento do cientista, mais uma vez, é comprovada a partir desta obra. A relação entre o significado da ciência, a teoria da relatividade, religião, ética e paz mundial é brilhantemente discutidos nas páginas do livro – ora de forma complexa, ora de forma didática.
Notas autobiográficas,1949
Se você é curioso, a publicação será como um tesouro. Einstein, sem poupar palavras, mostra como se deu o desenvolvimento da sua mente, assim como a evolução da sua visão sobre os problemas da física. Durante a leitura, encontramos sua personalidade – com traços de coragem e coerência – assim como fatos e detalhes desconhecidos pelos admiradores do cientista.
Você concorda com essa lista?
[wysija_form id=”5″]
Não consegui saber como corrigir minha frase acima oa dizer que Olavo Bilac e eu nascemos em 14 de março ……
Interessante o post sobre Einstein, Olavo Bilac e eu também nasci em 14 de março rsrs, inclusive este dia é considerado o Dia da Poesia. Foi bom lembrar de passagens inseridas em alguns de seus livros. Parabéns!
Oi, Dora. 14 de março é mesmo uma data histórica, hein? O Dia Nacional da Poesia era uma homenagem ao poeta Castro Alves, que fazia aniversário na data. A partir de 2015, a lei 13.131 foi sancionada e a celebração mudou para 31 de outubro – aniversário de Carlos Drummond de Andrade. Para completar, ainda temos o dia 21 de março, estipulado pela UNESCO como o Dia Internacional da Poesia. Que bom que curtiu a matéria 🙂
Amo livros!