5 livros para conhecer a história dos orixás
No Dia de Iemanjá, confira os livros que abordam a origem, a história e a manifestação dos orixás.
Os orixás fazem parte da cultura brasileira. Por conta da grande influência de religiões de origem africana no Brasil, estes arquétipos místicos tem seguidores fiéis em várias partes do país, capazes de sacrifícios em prol da sua fé. Os orixás representam os quatro elementos de grande força da natureza: a água, terra, fogo e ar. Através destes quatro pontos que seus poderes e funções são cumpridas.
Por sua vez, as manifestações ocorrem através de sentimentos humanos, como a raiva, ciúmes, amor, depressão. Com uma ressalva: todos os sentimentos devem ser passionais e intensos para que possam despertar a energia dos orixás. De acordo com a seu segmento na natureza, eles mantém o seu simbolismo que os diferencia: como cores, comidas, rezas, oferendas, cantigas e até mesmo horários do dia.
Uma crença silenciosa
Foi durante a escravidão que o culto aos orixás começou no Brasil. No entanto, por conta da imposição dos donos da Casa Grande e da Igreja, a religião católica era a única que poderia ser cultivada entre os escravos. Como qualquer outra crença cultivada pelos escravos era vista como herege, eles eram obrigados a passar por uma conversão aos costumes do catolicismo.
Com o tempo, os escravos passaram a ter direito ao culto, mas com a condição de que todos os orixás fossem relacionados a santos católicos. Por exemplo, Oxalá passou a ser considerado Jesus Cristo e Ogum a ser relacionado com São Jorge, e assim com todos os outros. Entretanto, a verdadeira crença era cultivada em silêncio e a associação aos santos foi feita, inicialmente, apenas com o intuito de alcançar o mínimo de liberdade religiosa possível.
Listamos alguns livros que abordam este tema tão rico. Confira!
Mitologia dos orixás, de Reginaldo Prandi
Mitologia dos orixás, do sociólogo Reginaldo Prandi, é a mais completa coleção de mitos da religião dos orixás já reunida em todo o mundo. São 301 relatos mitológicos, histórias que contam, por meio de imagens concretas e não de idéias abstratas, como são, o que fazem, o que querem e o que prometem os deuses desse riquíssimo cenário.
Os Orixás e a personalidade humana, de Mario Cesar Barcellos
De que forma é traçada nossa personalidade? Como são talhados nosso caráter e nossa índole? Quais são os elementos que formam esta nossa complicada, intrigante e controvertida maneira de ser? Neste estudo minucioso sobre os cultos afro-brasileiros vamos, definitivamente, encontrar essas respostas.
Brasil de todos os orixás, de Pai Roberto de Jagum
Segundo a obra, o candomblé e as demais religiões afro-brasileiras tradicionais formaram-se em diferentes áreas do Brasil, com diferentes ritos e nomes locais derivados de tradições africanas diversas. Candomblé na Bahia, Xangô em Pernambuco, Tambor em Alagoas, Tambor de Minas no Maranhão e Pará, Batuque no Rio Grande do Sul e Macumba no Rio de Janeiro. Neste livro, são apresentadas as lendas e histórias dos Orixás, a ancestralidade do candomblé e a hierarquia na religião do candomblé.
Religiões afro-brasileiras, de João Luiz Carneiro
As religiões afro-brasileiras fazem parte do arsenal cultural religioso do Brasil, conquistaram seu espaço como religiões universais aos moldes da sociologia e agora desenvolvem uma teologia própria. O autor João Luiz Carneiro recupera nesta obra as contribuições oferecidas pelas ciências sociais para avançar em uma discussão teológica, enfocando duas categorias fundamentais: Escolas Afro-brasileiras e Umbandização.
Iemanjá – a grande mãe africana do Brasil, de Armando Vallado
Para falar de um dos símbolos mais marcantes de todas as religiões do Brasil, Armando Vallado concentrou-se em cinco temáticas-chave envolvendo este orixá: buscou suas origens místicas na cultura africana presente no Brasil e sua variação nas diversas religiões criadas em solo brasileiro; focalizou os ritos de iniciação, seus seguidores e mergulhou no candomblé, para traçar um perfil dos filhos de Iemanjá e dos símbolos que neles transparecem.
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ORIXÁS – PIERRE FATUMBI VERGER