Bombou em 2016: Cinco livros de Daniel Galera
Fim de ano chegando, que tal relembrar autores importantes que se destacaram em 2016?! O jovem escritor e tradutor Daniel Galera nasceu em 1979, em São Paulo, mas passou a maior parte da vida em Porto alegre, no Rio Grande do Sul. Ele foi um dos precursores do uso da internet para a literatura, editando e publicando textos em portais e fanzines eletrônicos. Por meio de sua editora, começou a publicar seus primeiros livros “Dentes guardados” – livro de estreia – e “Até o dia em que o cão morreu”, adaptado para o cinema. Galera venceu o prêmio Machado de Assis de Romance, da Fundação Biblioteca Nacional e já foi terceiro lugar na categoria Romance do Prêmio Jabuti. É autor também do álbum em quadrinhos “Cachalote” e entre seus últimos títulos estão: “Barba ensopada de sangue” – vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, “Cordilheira” e “Meia-noite e vinte”, considerado um dos melhores romances de 2016, onde examina impasses de sua própria geração, na conhecida Porto Alegre. Confira suas obras:
Barba Ensopada de Sangue, de Daniel Galera Com uma escrita ao mesmo tempo controlada e sensível, Barba ensopada de sangue fala de amores perdidos, conflitos familiares e segredos inconfessos. Um romance magistral que confirma Daniel Galera como um dos expoentes da literatura brasileira contemporânea. [caption id="attachment_19563" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Cordilheira, de Daniel Galera Recém-saída de um relacionamento amoroso e ainda sob o impacto do suicídio de uma amiga, uma escritora resolve aproveitar o lançamento da tradução argentina de seu romance para passar uma temporada em Buenos Aires. Primeiro título da coleção Amores Expressos, em que autores brasileiros escrevemhistórias de amor ambientadas em diversas cidades do mundo,Cordilheira gira em torno de um recomeço: ao se envolver com um misterioso fã argentino e conviver com seus amigos de hábitos bizarros, a protagonista começa a deixar o passado para trás e a se tornar algo que ainda não sabe bem o que é. Diferentemente dos romances anteriores de Daniel Galera, a perspectiva não é a do universo masculino, e sim a de uma narradora sem receio de encarar os próprios abismos emocionais. [caption id="attachment_11673" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Até o Dia Em Que o Cão Morreu, de Daniel Galera Depois de alugar um apartamento vazio no centro de Porto Alegre, um homem de cerca de 25 anos gasta os dias olhando a cidade pela janela, bebendo cerveja e caminhando pela vizinhança. Até que um cachorro aparece em sua porta, e uma modelo chamada Marcela entra em sua vida. O impasse do narrador também tem um caráter particular – a dificuldade de escolher entre um cotidiano cheio de privações, mas sem riscos emocionais, e as possibilidades infinitas dos afetos. É aí que o mundo se torna mais complexo e interessante. É aí, também, que as paixões cobram seu preço. Com um estilo minimalista, Galera conduz o leitor com um vagar nada gratuito – em suas pequenas acelerações e grandes pausas, é como se ‘Até o dia em que o cão morreu’ reproduzisse o tempo interno do seu personagem – a lenta evolução, quase despida de acidentes, até que suas certezas iniciais comecem a esmorecer. [caption id="attachment_25281" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Meia-noite e vinte, de Daniel Galera Em meio a uma onda de calor devastadora e a uma greve de ônibus que paralisa a cidade, três amigos se reencontram em Porto Alegre. No final dos anos 1990, eles haviam incendiado a internet com o Orangotango, um fanzine digital que se tornou cultuado em todo o Brasil. Agora, quase duas décadas depois, a morte do quarto integrante do grupo vai reaproximar Aurora, cientista e pesquisadora vivendo uma pequena guerra acadêmica, Antero, artista de vanguarda convertido em publicitário, e Emiliano, jornalista que tem uma difícil tarefa pela frente. Captando com maestria a geração que cresceu em meio ao início da internet, Galera explora essas vidas acuadas entre promessas não cumpridas e anseios apocalípticos. Nas vozes de Aurora, Antero e Emiliano, “Meia-noite e vinte” é um retrato marcante de uma juventude que recebeu um mundo despedaçado e para quem o futuro pode não significar mais nada. [caption id="attachment_24608" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Cachalote, de Daniel Galera e Rafael Coutinho Um escultor recebe um inusitado convite para protagonizar um filme cujo roteiro parece estranhamente inspirado em sua vida privada. Um jovem vendedor de uma loja de ferragens, adepto da dominação sexual com cordas, descobre que a linda garota por quem se apaixona é particularmente frágil e suscetível ao seu fetiche favorito, o que os conduz a um perigoso embate. Um astro decadente do cinema chinês vem ao Brasil para o lançamento de um filme e torna-se suspeito da morte de seu companheiro de cena. Um playboy mimado e arrogante é expulso de casa pelo tio e enviado à Europa para se virar sozinho. Um escritor deprimido e sua ex-esposa, pais de uma menina, encontram-se em parques e lanchonetes de São Paulo, procurando manter o vínculo afetivo. Por fim, uma velha senhora grávida e solitária vaga por sua mansão e tem encontros oníricos com uma baleia cachalote na piscina de sua casa. [caption id="attachment_25282" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
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