Gregório de Matos: O Boca do Inferno
Relembre as obras do poeta baiano, que nascia em 23 de dezembro de 1636. O advogado, poeta e escritor, Gregório de Matos, nasceu em Salvador em 23 de dezembro de 1636. Filho de um fidalgo português, estabelecido no recôncavo baiano e de uma brasileira, foi considerado pela crítica especializada um dos maiores poetas do barroco em Portugal e no Brasil. A sátira política tornou-se uma das vertentes mais conhecidas de sua obra poética no período colonial Gregório de Matos é considerado o primeiro poeta genuinamente brasileiro pois, antes, quem escrevia sobre a colônia eram, em sua maioria, viajantes europeus ou jesuítas vindos de Portugal. Ele é autor de poesias satíricas sobre autoridades civis e religiosas e ridicularizando costumes da cidade que lhe desagradavam, sua língua afiada e a mordacidade de seus versos lhe renderam o apelido de “Boca do Inferno”. Sua obra está dividida em três grandes temáticas: satírica – também conhecida por ser erótica e pornográfica, religiosa e amorosa, as quais abarcam tanto o estilo cultista (valorização da forma), quanto o conceptista (valorização do conteúdo). A exemplo, em um de seus poemas, faz uma crítica à Bahia de seu tempo: “Que falta nesta cidade? Verdade./ Que mais por sua desonra? Honra. Falta mais que se lhe ponha? Vergonha./O demo a viver se exponha/ Por mais que a fama a exalta/ Numa cidade onde falta/ Verdade, honra e vergonha”. Confira algumas de suas obras:
Poemas satíricos, de Gregório de Matos Poeta barroco, Gregório de Matos encantou pela genialidade de suas poesias. A religiosidade, o lirismo e a efemeridade são características de sua obra. Ficou conhecido como “Boca do Inferno” devido às suas críticas mordazes à alguns membros da corte portuguesa. Esta é uma seleção de seus melhores poemas, predominantemente satíricos. [caption id="attachment_25264" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Poesias selecionadas, de Gregório de Matos De cunho meramente didático, não tem esta antologia outro objetivo que o tornar o universo poético do Boca do Inferno acessível ao público estudantil, oferecendo-lhe como é praxe, um prefácio e um roteiro de leitura interpretativos. [caption id="attachment_25265" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Antologia poética, de Gregório de Matos As peças recolhidas nesta obra, organizada por Walmir Ayala, expressam o que há de mais repre-sentativo nas três correntes poéticas de Gregório de Matos: a sacra, a lírica e a satírica. Sem dúvida, foi na sátira que o poeta mais se destacou, chegando por isso a ser chamado de Boca do Inferno. Sua poesia retratou pobres e ricos, fracos e poderosos, sem deixar de fora as grandes autoridades de sua época. [caption id="attachment_25266" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Poemas Escolhidos, de Gregório de Matos Gregório de Matos é, historicamente, o primeiro grande poeta do Brasil. Sua obra, talvez a mais importante produzida pelo Barroco poético nas Américas portuguesa e espanhola, conserva ainda hoje grande parte de seu interesse, por força, sobretudo, da agudeza e do vigor com que o poeta soube fixar satiricamente. Nesta já clássica coletânea preparada por José Miguel Wisnik nos anos 1970, o leitor encontrará uma seleção dos melhores poemas de Gregório de Matos nas diversas modalidades que cultivou – a satírica, a encomiástica, a lírica amorosa e a religiosa -, de par com numerosas notas de esclarecimento do texto, um pequeno perfil biográfico do poeta e uma análise crítica de sua obra. [caption id="attachment_25267" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
Gregorio de Matos – V. 02, de Gregorio De Matos No início do século XVIII, o letrado baiano Manuel Pereira Rabelo recolheu poemas que circulavam em Salvador na oralidade e em folhas volantes, atribuindo-os a Gregório de Matos e Guerra, que lá vivera entre 1682 e 1694. Para prefaciar a compilação, escreveu um retrato do poeta, que é ficção epidítica do gênero ‘vida’. Em 1840, o Cônego Januário da Cunha Barbosa publicou uma paráfrase dele como prefácio para dois poemas que atribuiu a Gregório e editou no número 9 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. [caption id="attachment_25268" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]
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