Através da leitura, a criança pode exercer sua própria imaginação
“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde”. Assim, o romancista francês Emile Herzog caracterizava o ato de ler um livro. Segundo os especialistas, de fato, a “conversa” gerada entre leitor e obra pode trazer inúmeros benefícios ao desenvolvimento humano. E eles podem ser, ainda maiores, quando quem lê é uma criança.
“Através da leitura, ou até mesmo da escuta de histórias e de poemas, a criança pode exercer sua própria imaginação, elaborar situações vivenciadas em sua vida, representar seu mundo e reelaborar ansiedades”, garante Gláucia de Souza, escritora e especialista em literatura infantil. Os livros, ainda, incrementam o vocabulário da criança, melhoram seu raciocínio lógico, estimulam a criatividade e ajudam a escrever melhor.
Crianças leem pouco
Mesmo diante de tantos benefícios, a média de livros lidos pelos baixinhos brasileiros esta longe da ideal. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em 2008, os brasileiros leem, em média, cinco livros por ano. Considerando os dados da pesquisa, podemos concluir que, pelo menos em 7 meses do ano, as crianças ficam sem nada para ler. As justificativas para a falta de hábito da leitura são inúmeras. Dentre as principais: o elevado preço das obras e a escolha errada do livro.
O primeiro argumento é facilmente contornado com os milhares de livros infantis à venda na
Estante Virtual por preços bem abaixo das livrarias convencionais. E para ensinar como escolher o livro ideal para a criança, pedimos ajuda para a professora de português e mestre em educação, Gláucia Souza. Lápis e papel na mão, anote essas dicas!
1ª dica: a classificação etária dos livros é, apenas, uma orientação. Não uma regra!
“No caso das poesias, uma criança pode gostar de um poema classificado como adulto em função da sonoridade dele. Para a criança, o que primeiramente chama a atenção é o vínculo da poesia com a musicalidade. Há vários livros que não foram escritos, necessariamente, para jovens e adolescentes mas que, há gerações, os encantam. É o caso de
Robinson Crusoe, de Defoe e
As viagens de Gulliver, de Swift”, justifica Gláucia.
2ª dica: ao presentear a criança com um livro, leve em conta seus gostos pessoais.
“O importante é que familiares e professores estejam atentos ao que a criança anda lendo para que possam avaliar seu gosto pessoal e orientá-la em novas e diferentes leituras”, adverte a especialista.
3ª dica: no caso de bebês e crianças menores, as cores e o material do livro podem ser mais importantes que seu conteúdo.
“Um livro de plástico ou que tenha um suporte de diferentes materiais (pedaços de tecido, partes de espuma e outros) pode chamar a atenção de crianças menores em função de sua curiosidade táctil. Mas vale lembrar que, nem sempre, essa curiosidade é privilégio de crianças menores”. Por isso, não há nada de errado se uma criança maior quiser comprar um livro desses.
4ª dica: os pais podem ajudar na escolha do livro da criança mas devem permitir que a criança escolha seu próprio livro.
Não adianta obrigar a criança a ler um clássico se, na segunda página, ela não entendeu nada e quer desistir da leitura. O livro infantil precisa ter uma linguagem simples e prender a atenção da criança. “Os adultos podem sugerir e facilitar o acesso a livros que julguem interessantes para a criança. Mas a criança deve ser sempre incentivada a escolher seu próprio livro. As famílias devem estar atentas aos interesses da criança e ao seu grau de maturidade”.
Participação no processo
Vale lembrar que os pais têm grande influência na criação do
hábito de leitura em seus filhos. E seus papéis vão muito além da simples compra de um acervo de livros para a criança. Participar do processo de leitura, enquanto, o filho ainda é um baixinho pode ajudar a despertar o gosto pela leitura. “Desde bem pequenos, os pais já podem ler para seus filhos, permitindo o acesso aos livros e às revistas. O mais importante é que os pais tenham, eles próprios, interesse pela leitura e permitam que seus filhos presenciem momentos em que eles leem. É mais fácil tornar-se leitor se vemos outras pessoas lendo e conversando sobre suas leituras”, enfatiza a mestre em letras. Logo, a forma mais natural de fazer a criança gostar de ler é dando o exemplo dentro de casa!
Além de ler para a criança, a família também pode levá-la a rodas de leitura, bibliotecas e feiras de livros. “Trocar ideias sobre livros lidos, partilhar sugestões e ler em voz alta pode aproximar pais e filhos, aprofundando laços de afeto e promovendo um mútuo conhecimento”, garante Gláucia.
Para dar uma mãozinha extra na escolha do livro que você vai dar de presente ao pimpolho neste Dia das Crianças (12 de outubro), a
Estante Virtual divulga a lista dos 10 livros infantis premiados de 2000 a 2009 pela
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Faça sua escolha e boa leitura!
Livros Infantis
2005 – Pedro e Lua, de Odilon Moraes
2006 – Murucututu, a Coruja Grande da Noite, de Marcos Bagno
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SEM, SEO e tudo relacionado a buscadores, é o que eu gosto. Carioca, marketeiro, profissional de marketing digital, search marketing, tento aprender, discutir e ensinar.
Gostaria de uma dica: de livros para desenvolver um projeto na escola, do 6º ao 9º ano.
Já trabalhamos com o PEQUENO PRÍNCIPE e foi excelente, pois conseguimos trabalhar
os valores e tirar muitos ensinamentos. Nossos alunos aproveitaram muito.
Poderiam nos sugerir outro livro que pudéssemos desenvolver dessas propostas???
Obrigada!