Entre as páginas de um livro, achados misturam histórias reais à ficção
Sebo do Luiz na Universidade Federal de Santa Catarina, foi quem descobriu o romance proibido descrito acima. “As cartas mostram que eles tinham um relacionamento, embora, a menina demonstrasse culpa e medo por ainda ser muito jovem. O caso durou até ela mudar para outra cidade e enviar uma nova carta terminando o namoro”, revela o livreiro. Juntamente com as mensagens entre o professor e a aluna, Luiz guarda uma série de achados como: declarações de amor, fotos comoventes de namorados e crianças, flores e folhas secas, entre outros. Objetos que para alguns poderiam parecer sem valor, para ele trazem muita simbologia. “Essa é a parte mais comovente do trabalho de um livreiro. Os livros vão além da leitura e de seus enredos. Guardo todos esses registros pelo significado que têm e porque, um dia, quem sabe, alguém poderá vir buscá-los. Eles não são meus. Sou apenas seu guardião”, explica Luiz que até pretende iniciar uma busca pelos donos dos pertences na internet. Eduardo Sarno, do sebo baiano Graúna Bons Livros Usados, também guarda seus achados mais valiosos: mensagens assinadas por pessoas de renome. Uma delas é o escritor Érico Veríssimo que, em um pedaço de papel, agradece a uma leitora pelos elogios recebidos. “Tenho também autógrafos e indicações de amigos de pessoas importantes para cargos”, conta ele, que pretende expor os documentos em um blog. Ao contrário de Luiz, Sarno não procura os proprietários originais dos objetos por acreditar que não haveria interesse em reavê-los. Mas, antes de encerrar a entrevista, demonstra o interesse em aumentar a coleção: “aceito todo tipo de doações de documentos encontrados em livros por outros livreiros”. Em nosso Fórum, outro livreiros contam suas histórias. E, você? Já encontrou algum achado interessante entre as páginas de um livro? Então, não deixe de nos contar essa história, comentando este post.]]>
Já encontrei um bilhetinho de amor, lindo, parecia letra de criança, dizendo que iria amar para sempre a menina (ou mulher). Já encontrei um marcador de páginas muito legalzinho, de 80 anos da Saraiva, já encontrei flores, lista de supermercado, notinha de supermercado… Adoro encontrar essas coisas… e como disse o amigo Ricardo, “Têm mais alma”…
Eu comprei um livro na Estante Virtual e, dentro, havia algo muito interessante: um convite de casamento, daqueles dos Anos 80, com passarinhos em relevo dourado nas quatro pontas. Algo que lembro da minha infância! Achei tão interessante que guardei. Quem sabe, algum dia, vira inspiração para uma história? Gostei da reportagem! Joelma.
Aqui, em Fortaleza, há um sebo no qual o dono criou um mural para expor os papéis que encontrou dentro de seus livros. O item que mais despertou minha atenção foi uma figura “autografada” de Paul McCartney. Naturalmente, não é possível saber se é autêntica. Particularmente, o máximo que já encontrei dentro de um livro usado foi uma nota de dez reais!
Também prefiro livros com passado: com assinatura do ex-dono ou dedicatórias do autor – têm mais ”alma”…