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“Blog” de George Orwell cai na web após 70 anos

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Há exatos 70 anos, no dia 8 de setembro de 1938, o escritor inglês George Orwell (“1984”) estava em Gibraltar, e de lá escreveu vários textos sobre o que vivia, via e lia na época, observando principalmente a cena natural e cultural. Esse textos, que compreendem o período de 9 de agosto de 1938 até outubro de 1942, estão sendo publicados pela Orwell Prize em associação com a Orwell Trust, Political Quarterly e Media Standards Trust, e serão sempre disponibilizados nas datas concatenadas com sua publicação original. O autor de “A Revolução dos Bichos” escreveu com detalhes no post de hoje, há 70 anos, sobre as características das raças dos bodes que observou em Gibraltar, além de outros animais como burros, vacas, cães e gatos, e além das frutas da estação e do clima. No post de ontem (há 70 anos), fez observações sobre os jornais que encontrou e suas tendências, sempre com o seu conhecido olhar político e crítico. Um trecho:

English newspapers reach Gibraltar by P & O four days late. Local English daily Gibraltar Chronicle & Official Gazette, 8 pages of which about 21/2 pages advertisements, ld. Current number 31, 251. More or less pro-Fascist. Local Spanish papers El Annunciador and El Campanse, each four pages largely adverts, ld. Daily. No very definite standpoint politically, perhaps slightly pro-Franco. Ten or eleven Franco papers sold here, also three Government papers including Solidaridad Obrera. The latter at least six days old when obtainable here, and much less on evidence. Also two pro-Government Spanish papers published in Tangiers, El Porvenir and Democracia. Prices of these stated in Franco exchange. Impossible to discover sentiments of local Spanish population. Only signs on walls are Viva Franco and Phalangist symbol, but very few of these. Population of town about 20,000, largely Italian origin but nearly all bilingual English-Spanish. (…)
~ Orwell Diaries

Leonardo Loio

Leonardo Loio

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4 thoughts on ““Blog” de George Orwell cai na web após 70 anos

  • Ola…muito intereçante esta sua materia, como disse o amigo ai, SE ESSA MODA PEGA…seria ate laagel…abraços…

  • Pensar: o instinto da razão

    Aquele que dissimulou no seu tempo não pode desejar voltar para o mesmo discípulo. Porque como discípulo nunca será presente, mas passado. Assim procede o alumo que já passou pelo presente. ora! Ele já passou de ano e deseja-se voltar e será passado. Aluno que passou é passado.
    Tudo indica que na existência humana está a condição de aluno e aprendiz da vida como tendo o presente como passado se desejar pela nostalgia. E não existe a expressão: “quem vive no passado è museu”, pois não há como viver de passado, senão já estaria morto e não vivo ou se preferir já não estaria vivo e, sim morto.
    E parece me que uma das colunas da existência humana que insiste no retrogrado è por cumprimento da mediocridade através da educação. Representante sublime do pensamento. A educação está obsoleta, arcaica, mumificada, passada e por conseqüência deduz se que a evolução do pensamento da espécie humana pela vida educação está interditada, interrompida sem contato, sem vida – morta. E o grande mal que adoece e apodrece a educação è a falta de perspectiva. O medo do novo. O conformismo resistente. A desistência sem combate. O medo sem confronto.
    Qual o mérito de um sistema que fizesse o homem pensar? Perigoso, não?! Nas obscuras entranhas das cavernas da verdade tem um oráculo que diz „pensar é não pensar “. E nem aspire pensar nisto, porque estaria não pensando. Você entende?!
    O pior para a existência humana è denotar a educação como conhecimento, mas tal legado è expressão “sine qua non” e, portanto, no universo imaginário real há a não possibilidade de diferenciação entre conhecimento e pensamento, ou, cultura e pensamento. A impossibilidade deve ser compreendida como agravante no quadro clinico do pensamento. A humanidade não pode negar o instinto de pensar, pois este è o que nos diferencia dos demais animais. Sou homem e não bicho. Assim fica impensável pensar que tal faculdade do humano não seja instinto. O instinto è racional. Ainda que à vontade de querer seja não pensar, já estaria ela pensando.

    Nós filósofos, nó filosófico!!!
    Trilho caminhos dos meus “eus”, mas não sou Zeus.
    Deparo-me com internas tormentas.
    Dentro de mim mora o furacão no olho da floração e após tempestade nem sempre vem a bonança, mais certo è esperar…. Novas tempestades. Intranqüila certeza. Amarga verdade.
    E o terceiro mundo. E a terceira guerra. E o terceiro sexo. São todos difíceis de entender…. Assim cantam os meninos do Rio Grande do sul, assim me encanta a canção ética. Cai à moda, cai à dinástica, cai à folha, cai à criança, o homem, o velho e cai dia após dia. Cai o pano, mas não cai tano. E o circulo? O circulo não cai, circula, roda, roda o morro abaixo rodando e quebrando arestas de falsos brilhantes. Enquanto quebra, molda e cria. E quem resistir estraçalha-se na bigorna. Em metais provados na bigorna ecoa os primórdios do espaço proclamado “marcharemos e abateremos tudo que for falso, se necessário o nosso próprio pensamento”. Benção ou maldição, eu não sei. O circulo é ação. O circulo è movimento. O circulo è indefinido, porque ele não è uma ciência e muito menos uma religião. Não somos adivinhos e a nós não interessa desvendar o amanha, porque ocupamos com o presente. E bananas verdes agarram nos dentes.
    E a angustia perpetua me alimentando e fortalecendo nesta prazerosa tormenta.

    Caetano Trindade com o circulo filosofico do ribeirao

  • Que idéia interessante! Tomara que a moda pegue e saiam transformando diários de escritores importantes em blogue (com a devida autorização, obviamente).

    Abraço,

    Pablo
    http://cadeorevisor.wordpress.com

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