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Três livros e três frases para lembrar de Chico Science

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Chico Science, ídolo do movimento manguebeat, nos deixava há 19 anos No dia 2 de fevereiro de 1997, com 31 anos incompletos, o pernambucano Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science, encerrava de forma trágica sua carreira de músico e compositor brasileiro. Juntamente com Fred 04, da Mundo Livre S.A., Chico realizou a mais influente cena musical desde o Tropicalismo. Mixando ritmos regionais com rap, rock, soul, eletrônica e cibernética, Chico Science deixou sua marca na cultura brasileira. Confira 3 livros e três frases sobre o líder do manguebeat.  

Deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer, deixar que os olhos vejam os pequenos detalhes lentamente, deixar que as cruzes que lhe circundam, estejam sempre inertes, como móveis inofensivos, para lhe servir quando for preciso, e nunca lhe causar danos sejam eles morais, físicos ou psicológicos.
  Hibridismos musicais de Chico Science & Nação Zumbi, de Herom Vargas Que importância e significados teve o Manguebeat para a cultura de Pernambuco e para a música brasileira? Como se estruturam as letras e músicas do grupo Chico Science & Nação Zumbi, um dos principais expoentes da cena musical recifense dos anos 1990? Quais foram as polêmicas causadas pelas mesclas poético-musicais entre tradição e modernidade que o grupo produziu? Hibridismos Musicais de Chico Science & Nação Zumbi responde a essas e outras questões por meio da análise das canções dos discos Da Lama ao Caos (1994) e Afrociberdelia (1996) à luz das misturas musicais que envolvem. CSNZ foi um dos exemplos mais bem sucedidos dos hibridismos musicais e poé­ticos dentro do Manguebeat. O pano de fundo das suas canções é Recife, com seus personagens e espaços. Este livro tem como material de análise as letras e os processos de mistura de gêneros e instrumentos regionais (maracatu, alfaias, embolada etc.) com as formas musicais globalizadas (rock, rap, funk/soul) nas composições do grupo. [caption id="attachment_21029" align="aligncenter" width="231"]Veja o livro Veja o livro[/caption]  
Um passo à frente , e você não está mais no mesmo lugar.
  Cheguei bem a tempo de ver o palco desabar, de Ricardo Alexandre A história não autorizada da melhor geração do rock brasileiro contada por um dos construtores da cena. Um retrato da música pop produzida por Raimundos, Skank, Chico Science & Nação Zumbi, Charlie Brown Jr., Planet Hemp, Mamonas Assassinas e tantos outros – uma geração que ganha significado histórico a cada ano que passa. Um retrato reflexivo, emocionante, apaixonado e saboroso feito por quem estava lá, nos shows, nos estúdios, nos bastidores, e conta tudo pela primeira vez. [caption id="attachment_21028" align="aligncenter" width="229"]Veja o livro Veja o livro[/caption]  
Não há mistérios em descobrir: O que você TEM e o que GOSTA(…) O que você É e o que você FAZ.
  Música e simbolização – Manguebeat: Contracultura em versão cabocla, de Rejane Sá Markman A reflexão aqui realizada não é especialmente sobre o Manguebeat, como fizeram outros livros escritos antes sobre o movimento. Ela é sobre o simbolismo da música. Ao produzir sons e mensagens orais, a música se transforma em uma forma de significação que atinge os receptores e lhes transmite sentidos e mensagens ideológicas. A partir desse princípio, a música produzida pelo movimento foi considerada como um instrumento de simbolização, que envolve e emociona suas audiências, principalmente as juvenis. O Manguebeat, além de ser um exemplo de exercícios de transculturalidade, uma das peculiaridades da cultura contemporânea forjada pela globalização, ofereceu à sociedade pernambucana dos anos 90 uma proposta pós-moderna traduzida em novo estilo de vida, em nova forma de encarar o mundo e as inter-relações sociais. A proposta revelou-se profundamente contracultural e este livro tenta demonstrar essa faceta do movimento. [caption id="attachment_21027" align="aligncenter" width="221"]Veja o livro Veja o livro[/caption]   Qual é a sua música favorita de Chico Science e a Nação Zumbi? Deixe seu comentário e participe da conversa. ]]>

Rodrigo Espírito Santo

Rodrigo Espírito Santo

Mestre em Comunicação Social, MBA em Comunicação Corporativa, Pós-graduado em roteiro de audio visual. Mais de 15 anos de experiência em comunicação empresarial, endomarketing, redação publicitária, jornalística e de conteúdo para redes sociais.

16 thoughts on “Três livros e três frases para lembrar de Chico Science

  • Gostei dessa de frases “Um passo à frente , e você não está mais no mesmo lugar.”

  • Pena que ele morreu ele era um grande representante da cultura brasileira

  • Darcilius Sousa

    Mais três frases muito filosóficas de Chico: “rios pontes e overdrives, impressionantes esculturas de lama”, “o sol nasce e ilumina as pedras evoluidas, que cresceram com a força de pedreiros suicidas” e “com o bucho mais cheio comecei a pensar que eu me organizando posso desorganizar, que eu desorganizando posso me organizar” . A minha música favorita é a versão feita pelo CSNZ para a música todos estão surdos de Roberto e Erasmo. Seguida de perto por Maracatu Atômico, de Nelson Jacobina e Jorge Mautner. Pra mim essas duas grandes obras gangaram as almas (soul) que faltava. Viva Chico Science.

  • Débora Veruska

    Adoro CSNZ, acho ele um verdadeiro genio. gosto de todas…
    Mas gosto muito de Rios,pontes e overdrives e Risoflora.

  • Rios, Pontes e Overdrives

  • A música “Etnia” é uma obra prima ao lado de “Manguetown” e “Banditismo por uma questão de classe”.
    Mas siu suspeito pra falar, curto toda a obra dele, todas as músicas são geniais.

  • Éverton França

    Maracatu Atômico 🙂

  • A cidade, reflete muito ainda hoje, musica atemporal, salve Chico.

  • Amo Nação Zumbi, Chico Science. E música mais bela, é Risaflora.

  • Robinson Boa Vista

    A minha música preferida do Chico Science e Nação Zumbi é DA LAMA AO CAOS!!! E no meu entendimento Chico Science é um dos expoentes musicais brasileiros. è minha banda preferida!!! A número um no Brasil atualmente, embora hajam muuuuitos outros bons trabalhos sendo realizados. O MANGUEBEAT E A CONTRACULTURA são ESPONTÂNEOS, FUNDAMENTAIS, NECESSÁRIOS, IMPRESCINDÍVEIS E VIRTUOSOS!!!

  • Da lama ao caos

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