6 livros para comemorar o Dia da Língua Portuguesa
Celebrado nacionalmente no dia 5 de novembro, o português é falado por mais de 200 milhões de pessoas no mundo
A Língua Portuguesa é o quinto idioma mais falado do planeta e consta como língua oficial de nove países. Logo, não é a toa que exista um dia só em sua homenagem. Na verdade, há duas datas que comemoram o português: no dia 5 de novembro a língua é celebrada no Brasil e no dia 5 de maio é a vez de todos os países que falam o idioma enaltecê-lo juntos.
Mas como se pode imaginar, a literatura lusófona, ou seja, escrita em língua portuguesa, não é um conjunto homogêneo. Apesar do colonizador em comum, cada país tem a sua história e isso foi refletido nos trabalhos dos escritores locais. Exatamente por este motivo, selecionamos seis livros em português de seis países diferentes para mostrar um pouco da identidade de cada lugar. Vale mencionar que, infelizmente, ficaram de fora Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe.
Confira abaixo e comemore um dos idiomas mais belos que existem!
Angola: Mayombe, de Pepetela
A inspiração para este romance veio da participação do próprio autor na guerra de libertação da Angola, na década de 1970. Aqui, Pepetela narra a história, os sentimentos e as reflexões de um grupo de guerrilheiros do MPLA (Movimento Pela Libertação da Angola) contra os homens de Portugal. Na busca por um país livre, contradições e conflitos surgem entre os próprios membros da revolução.
Moçambique: Estórias Abensonhadas, de Mia Couto
Lançado na década de 1990, Estórias Abensonhadas reúne contos escritos após os quase trinta anos de conflito em Moçambique. Além do pós-guerra como pano de fundo, os textos também envolvem temas como amor, saudade, nascimento, traição e violência, aproximando a história do país africano a leitores de qualquer lugar do mundo.
Cabo Verde: O testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo, de Germano Almeida
Antes de morrer, Sr. Napumoceno da Silva Araújo deixa um testamento de quase 400 páginas para sua família. A partir da história do falecido, que enriqueceu às custas de uma boa ideia e da ajuda do acaso, Germano Almeida descreve com humor o estilo de vida da alta sociedade de Cabo Verde.
Timor-Leste: Réquiem para o navegador solitário, de Luís Cardoso
Considerado o primeiro romancista de seu país, Luís Cardoso conta, neste livro de 2007, a história de Catarina, uma jovem sonhadora que anseia pelo grande amor, e do Timor-Leste, país situado em uma pequena ilha do sudeste asiático, que está prestes a viver as consequências da Segunda Guerra Mundial.
Portugal: O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago
Fernando Pessoa é um dos nomes mais importantes da literatura portuguesa. Quando faleceu, deixando sem final a biografia de um de seus heterônimos, Ricardo Reis, José Saramago tomou para si o compromisso de contar essa história. Nesta obra, publicada em 1984, Saramago nos leva com Reis à Lisboa de 1936, onde tomava forma a ditadura de Salazar, uma das mais duradouras da Europa.
Brasil: Úrsula, de Maria Firmina dos Reis
Lançado na segunda metade do século 19, é considerado o primeiro romance abolicionista do Brasil, além de ter sido pioneiro ao apresentar o ponto de vista dos próprios escravos em sua narrativa. Ao contar a história da jovem Úrsula, que se vê em meio a um triangulo amoroso, Firmina dos Reis retrata, também, a história do Brasil escravocrata e torna-se a primeira escritora negra do país.
Gostou das indicações? Comente e participe!