Feira traz a cultura literária para o Porto do Rio
Ler – Salão Carioca do Livro tem quatro dias dedicados a autores de língua portuguesa no Pier Mauá. O porto é nosso. Alunos do primário estão sentados em almofadas e com os olhos atentos na contação de histórias. Em outro pavilhão, passamos por exposições fotográficas, debates com escritores no palco e, principalmente, na plateia, em muitos encontros inusitados. Começou a Ler – Salão Carioca do Livro, quatro dias de feira no Boulevard Olímpico, com programação extensa e gratuita. Entre as atrações do novo evento literário da cidade estão lançamentos, bate-papos, oficinas de produção de poemas, contos, poesia falada e até de publicação online. O primeiro dia, que ainda recebe pequenos ajustes e acertos, da arrumação à reorganização dos horários, apresentou debates com escritores e produtores especialistas na história da cidade, cultura afro-brasileira e a própria região portuária. No sofá do Café do Livro, os escritores Rafael Vidal e Sergio Monte, mediados por Julio Silveira, curador do evento, abriram o espaço com a mesa “Porto Aberto”. As transformações da região portuária, após a derrubada da perimetral e das obras do Porto Maravilha, que ajudaram a retomar a consciência geral sobre os bairros do Centro do Rio, como a Gamboa e a Saúde. Os participantes debateram como a cultura pode trabalhar sendo um agente transformador de união em uma cidade partida, como bem cunhou Zuenir Ventura. Neste ano, o destaque do evento é para os autores de língua portuguesa, com convidados nacionais e estrangeiros. E se depender do curador, essa será a primeira edição de muitas do Salão do Livro. “Queremos que a Ler entre para o calendário literário da cidade, sempre como um evento aberto e democrático, contemplando a todos. Apresentando desde a poesia, a música, escritores independentes etc. É muito oportuno fazer essa celebração no Porto, onde as ideias desembarcavam e se misturavam, gerando os fundamentos da cultura carioca”, explica Julio Silveira, fundador da Casa da Palavra e diretor da Ímã Editorial. O jovem autor Raphael Montes, que estreou na literatura em 2012 com Suicidas, conversou com os fãs na varanda e contou como foi seu processo criativo tanta para a construção de suas obras, quanto da coluna que assina hoje no jornal O Globo. Entre pressões, interesses e tendências, Montes conta que gosta de ler a produção de seus fãs e como denominou “encontrar concorrentes”, pessoas que também escrevam romances policiais.
Adorei as dicas, muito bacana seu blog!! Parabéns!!
Estou morando em Portugal e estou achando esta experiência fantástica. Amo morar em Portugal