Frases e livros para conhecer Hannah Arendt
Em 14 de outubro de 1906, nasceu a cientista política Hannah Arendt Ela não gostava de ser chamada de filósofa, dizia que a condição de todo intelectual deveria ser o inconformismo social e tinha como tema central a natureza do mal e a banalização do sofrimento. Essa é Hannah Arendt, autora alemã, de origem judaica, que mesmo perseguida pelo regime de Adolf Hitler, construiu uma obra fundamental para a compreensão da política e da condição humana. O pluralismo político era um dos conceitos básicos pregados por Arendt, na vigência do qual a igualdade política e a liberdade se manifestariam naturalmente entre as pessoas, com tolerância e respeito às diferenças, numa perspectiva de inclusão. Agentes com disposição e capacidade específica devem ter atuação prática em leis, convênios e acordos de natureza política. Em consequência desse tipo de ideia, ela privilegiava a democracia direta ou um sistema de conselhos em detrimento de formas de democracia representativa, em relação às quais adotava uma postura claramente crítica. Ela não era nem liberal, nem marxista ou conservadora, o traço do pensamento arendtiano assumiu a insígnia do amor mundi, do amor pelo mundo. Veja abaixo algumas de suas ideias em trechos e livros selecionados.
A condição humana – Hannah Arendt
Mais que uma resposta à pergunta sobre como e por que foi possível o totalitarismo, e mais que um exame da relação entre totalitarismo e tradição, esta obra converteu-se em uma fenomenologia das atividades humanas fundamentais no âmbito da vida ativa – o trabalho, a obra ou fabricação e a ação. Arendt principia sua investigação com o exame da relação entre a condição humana e a vida ativa, definida em contraposição à contemplativa.
[caption id="attachment_24439" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]“Cem anos depois de Marx, sabemos da falácia do seu raciocínio; o tempo livre do animal laborans (animal trabalhador) nunca é gasto em nada a não ser no consumo e, quanto mais tempo ele adquire, mais gananciosos e vorazes se tornam seus apetites.”
Entre o passado e o futuro – Hannah Arendt
Em 1963, Arendt publicou Eichmann em Jerusalém, obra sobre o processo contra o criminoso nazista. No livro, que desencadeou uma longa e acirrada controvérsia, Hannah Arendt cunhou a famosa expressão “a banalidade do mal”. No que deveria ser o maior julgamento de um carrasco nazista depois do tribunal de Nuremberg, durante o processo, em vez do monstro sanguinário que todos esperavam ver, surge um funcionário medíocre, um arrivista incapaz de refletir sobre seus atos ou de fugir aos clichês burocráticos. [caption id="attachment_24441" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]“Uma vida sem pensamento é totalmente possível, mas ela fracassa em fazer desabrochar sua própria essência – ela não é apenas sem sentido; ela não é totalmente viva. Homens que não pensam são como sonâmbulos.”
Sobre a violência – Hannah Arendt
“Poder e violência são opostos; onde um domina absolutamente, o outro está ausente.”
Origens do totalitarismo – Hannah Arendt
Em 1941, como exilada e apátrida nos Estados Unidos, Arendt começou a elaborar Origens do totalitarismo. Nesse livro de 1951, atesta-se o impressionante esforço intelectual da autora para compreender o incompreensível, fazendo de seu próprio destino uma história na qual as análises do anti-semitismo e do imperialismo culminam na investigação deste totalitarismo.
[caption id="attachment_24436" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]“A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos.”
Homens em tempos sombrios – Hannah Arendt
Uma reunião de ensaios biográficos de homens e mulheres que viveram os “tempos sombrios”da primeira metade do século XX, marcados pela emergência do totalitarismo na forma do nazismo e do stalinismo. Mergulhando em mundos internos tão díspares como os de Hermann Broch e João XXIII, Rosa Luxemburgo e Jaspers, Isak Dinesen e Bertold Brecht, Heidegger e Walter Benjamin, Hannah Arendt submete a uma reflexão apaixonada, e por vezes implacável, os erros e acertos dessas personalidades, suas culpas e vitórias, responsabilidades e irresponsabilidades perante a realidade que enfrentaram. A beleza destes relatos reside na sólida crença de Arendt na solidariedade e dignidade humanas, valores morais capazes de impedir o triunfo do niilismo e do totalitarismo numa época de experiências catastróficas.
[caption id="attachment_24438" align="aligncenter" width="200"] Clique na imagem e confira na Estante Virtual[/caption]O revolucionário mais radical se torna um conservador no dia seguinte à revolução.”
Gostou? Já conhecia a obra de Hannah Arendt?
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Li alguns ensaios e comentários.
Ela muito parece que escreveu
Sua obra ontem.
Magnífica.