Conheça os 10 livros mais vendidos em 2015 na Estante Virtual
Nacionais ou estrangeiros, estes foram os livros que fizeram a cabeça dos nossos leitores em 2015. Confira.
[caption id="attachment_14939" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption] Til é o apelido de Berta, moça que se envolve nas mais intrincadas tramas, sempre buscando ajudar os que precisam. Capaz de enfrentar jagunços, Berta não mede esforços ao buscar a realização de seus intentos. Violências, mistérios e triângulos amorosos constituem esta história.9 – A revolução dos bichos, de George Orwell
[caption id="attachment_10993" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption] Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.8 – Capitães de areia, de Jorge Amado
[caption id="attachment_10626" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption] Desde o seu lançamento, em 1937, Capitães da areia causou escândalo: inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes. Várias gerações de brasileiros sofreram o impacto e a sedução desses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca. Com a força envolvente da sua prosa, Jorge Amado nos aproxima desses garotos e nos contagia com seu intenso desejo de liberdade.7 – Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida
[caption id="attachment_7692" align="alignnone" width="143"] Veja o livro[/caption]Afinal de contas a Maria sempre era saloia, e o Leonardo começava a arrepender-se seriamente de tudo que tinha feito por ela e com ela. E tinha razão, porque, digamos depressa e sem mais cerimônias, havia ele desde certo tempo concebido fundadas suspeitas de que era atraiçoado. Havia alguns meses tinha notado que um certo sargento passava-lhe muitas vezes pela porta, e enfiava olhares curiosos através das rótulas: uma ocasião, recolhendo-se, parecera-lhe que o vira encostado à janela. Isto porém passou sem mais novidade.
6 – Vidas secas, de Graciliano Ramos
[caption id="attachment_11003" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption]Lançado originalmente em 1938, é o romance em que Graciliano alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa. O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e, paradoxalmente, a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.
5 – Dom Casmurro, de Machado de Assis
[caption id="attachment_10245" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption] Ao escrever Dom Casmurro, Machado produziu um dos maiores feitos da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de “olhos oblíquos e dissimulados”, de “olhos de ressaca”, ele nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiuçam sob todos os aspectos. Em vão. Embora o autor se tenha dado ao trabalho de distribuir pelo caminho todas as pistas para quem quisesse decifrar o enigma, ninguém ainda o desvendou. A alma de Capitu é, na verdade, um labirinto sem saída, um labirinto que Machado também já explorara em personagens como Virgília (Memórias póstumas de Brás Cubas) e Sofia (Quincas Borba), personagens construídas a partir da ambiguidade psicológica, como Jorge Luis Borges gostaria de ter inventado. 4 – A droga da obediência, de Pedro Bandeira [caption id="attachment_17307" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption] Num clima de muito mistério e suspense, cinco estudantes enfrentam uma macabra trama internacional: o sinistro Doutor Q.I. pretende subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa droga! E ess a droga já está sendo experimentada em alunos dos melhores colégios de São Paulo. Este é um trabalho para os Karas: o avesso dos coroas, o contrário dos caretas!3 – O cortiço, de Aluísio Azevedo
[caption id="attachment_17319" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption] Crítico impiedoso da sociedade brasileira e de suas instituições, o romancista Aluísio Azevedo abandonou as tendências românticas em que se formara para tornar-se, influenciado por Eça de Queiroz, o criador do naturalismo no Brasil. O cortiço é considerado a sua obra-prima. O romance narra, em linguagem vigorosa a vida miserável dos moradores de duas habitações coletivas.2 – Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
[caption id="attachment_14956" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption]“Expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova…”
1 – O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
[caption id="attachment_17050" align="alignnone" width="145"] Veja o livro[/caption] Apesar da presença explícita de dois personagens e do registro de um diálogo entre o aviador e uma criança, diversos aspectos autobiográficos estão presentes nesta narrativa, publicada pela primeira vez em 1945. Através de imagens simbólicas, as passagens de ordem temporal, na vida do autor, estão ali presentes: casamento/separação, profi ssões, sonhos, decepções. Os dois personagens tornam-se representações do próprio Saint-Exupéry, em um monólogo interior entre o “eu” e o “outro”. Qual é o seu favorito de nossa lista de campeões? Deixe seu comentário e participe da conversa. ]]>- Cinco livros e cinco frases para lembrar de Henfil - 16.01.2017
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Tirando O Pequeno Príncipe, livro chato, e Pedro Bandeira, que não li, os demais são ótimas leituras…
Um bom livro é aquele que desperta na pessoa uma nova maneira de olhar para o mundo ao redor. Amplia horizontes e transforma pensamentos.
O Pequeno Príncipe, meu favorito !
A boa terra. (A autora dispensa comentários)
Sagarana (indispensável)
Pensão Riso da Noite (José Condé, inesquecível)
Memórias Póstumas de Brás Cuba. Escrever um romance, partindo da ótica de defunto, é genial!! Só podia de ser coisa do bruxo do Cosme Velho.
Todos lidos e alguns à muito, muito tempo….