Sete curiosidades sobre J. R. R. Tolkien
Tolkien, de O Senhor dos Anéis, falecia há 42 anos. Confira sete curiosidades sobre o autor. Tolkien era performático J.R.R Tolkien foi professor da universidade de Oxford entre 1925 e 1959. Ele também era um incansável palestrante, fazendo entre 70 e 136 apresentações por ano. Apesar de aparentar timidez em público, o autor era o rei das pegadinhas teatrais dentro e fora da sala de aula. Ele ia a festas vestido de urso polar, correu atrás de um vizinho vestido de bárbaro, com direito a machado de guerra em punho, e uma vez ofereceu a própria dentadura como forma de pagamento a uma pobre balconista. Ele achava que todos fãs eram malucos Tolkien pensava em si mesmo como um acadêmico que era escritor nas horas vagas. O Hobbit e O Senhor dos Anéis foram, na verdade, uma experiência acadêmica para o autor, que estava explorando técnicas de criação de mitos. O sucesso de seus livros foi um choque para ele, que passou muitos anos rejeitando, criticando e destruindo adaptações de seu trabalho que não captavam suas intenções de estudo mitológico. Ele também não levava muito a sério a maioria dos fãs que, na sua opinião, não entendiam o subtexto de sua obra – provavelmente ficaria horrorizado se encontrasse alguém fazendo cosplay de Legolas. Tolkien, um romântico Quando era adolescente, Tolkien se apaixonou por Edith Bratt, três anos mais velha. Seu tutor, um padre católico, ficou horrorizado com o namoro do pupilo com uma garota protestante e proibiu que os dois se encontrassem até que o escritor completasse 21 anos. Ele obedeceu e, quando finalmente o fatídico aniversário chegou, o casal marcou o reencontro debaixo de um viaduto. Edith desmanchou um noivado com outro homem e se converteu ao catolicismo e os dois se casaram e viveram juntos pelo resto de suas vidas. Seguindo as instruções deixadas pelo autor, ambos foram enterrados sob uma lápide gravada com os nomes “Beren” e “Luthien”, em referência aos personagens apaixonados do mundo criado por ele. A amizade com C.S. Lewis não era um mar de rosas Um colega de Tolkien em Oxford também era famoso: C.S. Lewis (de As Crônicas de Nárnia). Este, geralmente, é mencionado como seu melhor amigo e confidente. Na verdade, a dupla não era essas maravilhas. No começo, eles eram bons amigos. Na verdade, Edith, a esposa de Tolkien, morria de inveja dessa amizade. Foi Tolkien, inclusive, quem convenceu Lewis a voltar para a igreja. Mas a parceria azedou quando o autor de O Senhor dos Anéis notou as inclinações anti-católicas e a vida “escandalosa” de Lewis – ele teve um romance com uma americana divorciada, imagine você. A relação nunca mais foi a mesma, mas Tolkien demonstrou arrependimento com o fim da amizade. Guerra com conhecimento de causa Tolkien era veterano da Primeira Guerra Mundial e serviu como segundo tenente na Força Expedicionária Britânica na França. Ele também esteve presente em algumas das mais sangrentas batalhas da guerra. Alguns pesquisadores afirmam que as privações de Frodo e Sam – protagonistas de O Senhor dos Anéis – no caminho para Mordor foram inspiradas pelas experiências do escritor nas trincheiras, quando teve febre crônica devido a uma infestação de piolhos. Passatempo: inventar linguagens Filólogo por ofício, Tolkien exercitava a mente inventando novos idiomas, muitos dos quais ele aproveitou em suas obras, como as línguas élficas Quenya e Sindarin. Ele até escreveu canções e poemas em suas línguas inventadas. Não bastasse isso, o autor trabalhou para reconstruir e escrever em dialetos extintos como o galês medieval. Tolkien continua sendo publicado Muitos autores tem que se contentar com os trabalhos publicados em vida, mas não J.R.R. Tolkien. Seus rascunhos e notas aleatórias, assim como manuscritos que ele nunca se importou em publicar, têm sido editados, compilados e publicados depois de sua morte – a maior parte produzida pelo seu filho Christopher. Sua obra póstuma mais famosa é O Silmarillion, mas também podemos incluir nesta lista Contos inacabados, Os filhos de Húrin e A lenda de Sigurd e Gúdrun. Confira os principais livros de J.R.R. Tolkien na Estante Virtual
Série O Senhor dos Anéis
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Na verdade, o maior culpado pela quebra da amizade entre Tolkien e Lewis foi este último, que não teve nenhum evento crítico na amizade, mas foi o simples distanciamento de C.S. Lewis.
Fonte: A vida de C.S. Lewis: Do ateísmo às terras de Nárnia. Alister McGrath
Resumindo.
O cara foi gênio na criação de suas obras, mas um puta de um chato em vida.