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Escritores visionários: eles previram o futuro em seus livros

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tablets. Em 2012, quando as atenções estão voltadas para a possibilidade do fim do mundo, atribuída as profecias maias, o tema não poderia ser mais pertinente. Conheça os escritores e as obras que previram o futuro. Quando pensamos em livros, digamos,  “proféticos” é quase certo que a primeira obra que vem a nossa cabeça é a Bíblia. O motivo para ser top of mind no quesito futurologia é explicável: a Bíblia é o livro mais vendido de todos os tempos, com mais de 6 bilhões de cópias em todo o mundo. Considerada como uma obra de inspiração divina, o livro com séculos de existência interpreta a existência do homem na Terra e, segundo os mais crentes, contém diversas revelações sobre o futuro da humanidade. Em plena era digital, até mesmo computadores auxiliam estudiosos a decifrar o código secreto da Bíblia. Mas deixando o livro sagrado de lado, muitos autores de ficção científica também já fizeram previsões que se concretizaram e comprovaram que a a linha que separa ficção e realidade pode ser mais tênue do que se imagina. As revelações do escritor britânico George Orwell no livro 1984 já foram amplamente difundidas pelo mundo e também já citadas aqui em nosso blog. Escrito em 1948 (ano que corresponde ao inverso do nome de seu livro), o autor antecipou a existência de uma sociedade constantemente vigiada, seja através de câmeras espalhadas em todos os ambientes, seja através dos próprios olhares dos cidadãos – tema que seria resgatado em 1975 sob o conceito do panóptico de Michael Foucault, na obra Vigiar e Punir.  A expressão Big Brother (Grande Irmão), utilizada na obra de Orwell, e que traduz essa visibilidade excessiva foi incorporada décadas depois pelo reality show mais famoso do mundo. Outro autor consagrado por sua literatura futurista e que acabou por prever muitas conquistas do novo século foi Isaac Asimov. Ele antecipou, por exemplo, a criação de uma rede de computadores na qual todos os humanos estariam conectados, tal qual a internet, e dedicou atenção especial à robótica. Dedicou obras inteiras ao assunto e um de seus livros mais conhecidos, a coletânea de contos Eu, Robô, discorre sobre a evolução dessas máquinas através do tempo. Outro a prever o futuro: guerras com tanques, bombardeios aéreos a até mesmo bombas nucleares foi H. G. Wells, autor do consagrado A Guerra dos Mundos. Considerado um dos mais antigos visionários da literatura, Julio Verne, em 1869, relatou em seu livro Vinte Mil Léguas Submarinas uma máquina capaz de se locomover com um combustível eficiente e inesgotável. Sua “profecia” concretizou-se oito décadas depois, com a criação do primeiro submarino movido à propulsão nuclear.  Em homenagem ao seu, digamos, co-criador, a máquina foi batizada com o nome de Nautilus, o mesmo usado por Verne em seu livro. Nesse vídeo curioso é possível fazer um tour 3D pelo submarino idealizado pelo escritor. E os dons proféticos de Verne não pararam por aí. No livro Da Terra à Lua, Verne descreve uma viagem espacial que quatro anos mais tarde também se concretizaria com a experiência norte-americana Apollo. E teve escritor antecipando até invenções bem atuais, como os tablets e ipadsArthur Clarke, em seu livro 2001: Uma Odisséia no Espaço discorre sobre um computador usado para exibir conteúdo de jornais atualizados automaticamente, o Newspad, que se parece com os atuais ipads até mesmo no nome. Anos depois, foi a vez de Douglas Adams, em O Guia do Mochileiro das Galáxias, também prever a criação novidade tecnológica e até mesmo o surgimento da wikipedia, uma enciclopédia de conhecimentos construídos de forma coletiva e compartilhada. Arthur Clarke, no livro A Cidade e as Estrelas ainda imaginou um jogo de realidade virtual dois anos antes do lançamento do primeiro jogo para videogame (1958). Ele descreve a forma de lazer como um sonho, no qual não é possível se distinguir ficção de realidade. Clarke só não soube aproveitar os dons proféticos em benefício próprio. Em 1945 apresentou um artigo defendendo os satélites como forma de melhorar as telecomunicações, mas, infelizmente, não patenteou a ideia e perdeu milhões! Ralph 124C 41+, obra rara e título de ficção famosa de Hugo Gernsback também fez suas previsões. O personagem do livro, Edward, usa o telephot, um aparelho de vídeo-chamada. O sucesso dos comunicadores instantâneos como o Messenger e o Skype estão aí para comprovar a eficácia das previsões de Gernsback. O norte-americano Edward Bellamy, em seu livro Revendo o Futuro também previu o rádio transmitido por telefone e até mesmo o cartão de crédito! Outro a colecionar uma lista de previsões que se concretizaram foi Aldous Huxley. Dentre as mais notáveis, está sua descrição sobre a manipulação genética e a clonagem na obra Admirável Mundo Novo.  Por fim, mas não menos visionário, temos Ray Bradbury. Para nossa tristeza, em Fahrenheit, ele imaginou uma sociedade que abandonava os livros no lugar das tecnologias mais atuais como a televisão e os home theaters. Gostou? Se você se interessa pelo assunto, a Ediouro publicou uma obra, A História do Futuro, de David A. Wilson, que aborda a futurologia, e explora nosso permanente fascínio por desvendar os tempos que virão. Trata-se de uma pesquisa elaborada sobre a necessidade humana de prever o futuro desde o início da civilização até os trabalhos de escritores como os já citados H. G. Wells e Julio Verne. E se você também se lembra de alguma obra “profética” que não foi citada aqui no blog, compartilhe com a gente, comentando este post.

Livros que previram o futuro

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Leonardo Loio

Leonardo Loio

SEM, SEO e tudo relacionado a buscadores, é o que eu gosto. Carioca, marketeiro, profissional de marketing digital, search marketing, tento aprender, discutir e ensinar.

6 thoughts on “Escritores visionários: eles previram o futuro em seus livros

  • O escritor Jorge Luis Borges. As imensas bibliotecas imaginadas pelo escritor, tornaram-se realidade com a web e os e-books

  • Tenho mais uma sugestão que é o livro Duna, de Frank Herbert. Ele prevê uma crise de recursos naturais no planeta e a necessidade de irmos buscá-los no espaço. Além disso, de alguma forma, trata da crise mundial da água que já se avizinha…
    Eu recomendo fortemente esse livro para meus alunos de Oceanografia e Ciências Biológicas como sendo uma forma de alerta para nossas atitudes!
    Parabéns pela sua coletânea e também concordo com as outras sugestões anteriores.

  • Faltou o clássico “Um Cântico Para Leibowitz” de Walter Miller Jr.

  • Excelente texto, mas vocês se esqueceram do Monteiro Lobato, que em seu livro “O Presidente Negro” escreveu que no futuro as pessoas trabalhariam em casa e, num apertar de botão, enviariam textos que imediatamente ficariam disponíveis para leitura. Um livro visionário.

  • Faltou O Admirável Mundo Novo e A Revolução dos Bichos.

  • Epicarmo Papoula

    Incluiria também, senhores, um livro de Ernst Junger chamado Heliopolis

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