Tudo começou com um objeto de estranho nome: o cinematógrafo. Inventado em 1895, pelos irmãos Lumière, a ferramenta incomum, marcou o início do cinema, uma arte que se tornou fundamental na divulgação da cultura e das ideias, além de grande fonte de entretenimento. Dada a sua importância, o cinema é tema recorrente na literatura: tanto nas adaptações de livros para a telona quanto nos livros que falam sobre a sétima arte. Então, em homenagem ao Dia do Cinema Brasileiro (19 de junho), preparamos uma lista de livros nacionais que abordam o tema e uma breve história do cinema nacional. Confira:
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Um filme é
para sempre
Ruy Castro
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Cegueira, um
ensaio
Fernando Meirelles
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Enciclopédia do
cinema brasileiro
Fernão Ramos |
Cinema brasileiro
moderno
Ismail Xavier |
Falha nossa
César Kos |
Revisão crítica do
cinema brasileiro
Glauber Rocha |
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O cinema de
meus olhos
Vinícius de Moraes
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Na estrada: o
cinema de
Walter Salles
Marcos Strecker
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O som no cinema
brasileiro
Fernando M. da Costa |
Filmar o real: sobre
o documentário
brasileiro contemporâneo
C. Mesquita e C. Lins |
O cinema vai
à mesa
Rubens E. Filho |
Da criação ao
roteiro: teoria
e prática
Doc Comparat |
Um pouco de história…
No Brasil, a primeira exibição de cinema aconteceu na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, em 08 de julho de 1896, aproximadamente seis meses após a apresentação dos irmãos Lumière na Europa. E a partir de então, centenas de pequenos filmes, a maioria estrangeiros, passaram a ser exibidos na Cidade Maravilhosa. Os anos seguintes foram só de progresso. Em 1909, surgiram os filmes cantados, em que atores faziam sua própria dublagem ao vivo atrás da tela do cinema, e nos anos 30, foi a vez do cinema falado. O primeiro filme brasileiro com som privilegiava o humor. Tratava-se da comédia Acabaram-se os Otários (1929), de Luiz de Barros. Foi ainda nesse período que foi criado o Cinédia, primeiro estúdio cinematográfico do país e foi decretada a lei que obrigava a exibição de cines-jornal antes das sessões de cinema.
Na década seguinte, o popular invadiu a sétima arte e os filmes humorados e de baixo orçamento deram origem ao primeiro gênero cinematográfico genuinamente brasileiro: as chanchadas.
Obras como Alô, Alô Brasil (1935) e Alô, Alô Carnaval (1936) conquistaram a audiência nacional, revelando talentos como o da cantora Carmen Miranda. A criação do estúdio Vera Cruz, no final da década de 40, representou um novo marco no cinema nacional que partiu em busca de produções mais sofisticadas, como as de Hollywood. O filme O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto, produzido pela companhia chegou a ganhar reconhecimento internacional como vencedor do prêmio de melhor filme de aventura no Festival de Cannes.
A época de ouro do cinema nacional
Em 1960, a indústria cinematográfica nacional deu a volta por cima e com o filme O Pagador de Promessas,
de Anselmo Duarte, que mais tarde seria o primeiro filme brasileiro a ser premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, inaugurou o chamado Cinema Novo. Inspirados pelo movimento neorrealista e da nouvelle vague francesa, muitos cineastas passaram a retratar a vida no país com intenso realismo. Temas sociais ganharam a cena sob uma perspectiva crítica e contestadora. Nesse período, os cineastas Glauber Rocha e
Cacá Diegues se destacaram em suas respectivas obras Terra em Transe e Ganga Zumba. Nem o golpe militar de 1964 foi capaz de calá-los. O Cinema Novo continuou com suas obras críticas, usando artifícios, como metáforas, para burlar a censura. Foi ainda nessa década que as unhas compridas e afiadas de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, popularizaram o cinema de terror brasileiro.
A invasão dos enlatados e a retomada do cinema nacional
Apesar da promessa revolucionária da década anterior, os anos 70 e 80 representaram um retrocesso na afirmação do cinema nacional. O fortalecimento do regime militar fez com que a crítica cedesse espaço para os filmes de consumo fácil e, muitas vezes, de caráter sexual. Foi a época das pornochanchadas.
Com a queda do regime militar e novos mecanismos de financiamento da produção nacional, como a Lei do Audiovisual,
o cinema nacional renasceu, na década de 90. Comédias, dramas, filmes policiais e outros gêneros passaram a ser produzidos em território nacional e fazer cinema tornou-se uma atividade lucrativa. Hoje o cinema brasileiro já conquistou seu espaço e formou muitos cineastas de renome. Entre eles: Eduardo Coutinho, Walter Salles, Fernando Meirelles, José Padilha e outros.
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