Em homenagem ao Dia do Escritor, reunimos dicas para quem quer escrever
Dia do Escritor (25 de julho) além de parabenizá-los por seu trabalho, nosso objetivo é repassar suas dicas para quem deseja tornar-se um deles. Se escrever um livro também é o seu sonho, anote as dicas de quem entende do assunto. Lápis e papel na mão, seu primeiro livro pode começar aqui! Nosso primeiro conselheiro é o renomado escritor e jornalista colombiano Gabriel García Márquez. O texto original em espanhol pode ser lido na Biblioteca Digital Ciudad Seva.
. Uma coisa é uma história longa e outra é uma história alongada. . O final de uma história deve ser escrito quando você ainda estiver na metade. . O autor lembra mais facilmente como uma história termina do que como ela começa. . É mais fácil atrair a atenção de um coelho que a de um leitor. . É necessário começar com a intenção de que se escreverá a melhor coisa (jamais escrita) porque logo essa vontade diminui. . Se você se aborrece escrevendo, o leitor se aborrece lendo. . Não force o leitor a ler uma frase novamente para compreender seu sentido.
O mestre do suspense, Stephen King, também dá dicas na sua autobiografia On Writting – A Memoir of the Craft:. Vá direto ao ponto. Não desperdice tempo do leitor com introduções longas. . Escreva um rascunho e deixe descansando na gaveta por algum tempo. Só assim é possível se distanciar do texto para então editá-lo, fazer cortes e melhorias. . Corte seu texto. Retire frases, capítulos, tudo o que for supérfluo para passar sua mensagem com mais clareza. Segundo Stephen King, 10% de corte do texto é uma boa média. . Leia e escreva muito. Assim você tem inspiração para novos temas e aprende o que não deve fazer! . Se as críticas surgirem, King afirma: não se prenda muito ao que os outros pensam ou você não fará seu trabalho. Sua escrita, provavelmente se tornará pior e menos divertida.
No Brasil, o escritor Flávio Carneiro também dá seu recado em uma entrevista exclusiva para a Estante Virtual. Ele nos conta que decidiu ser escritor por uma influência de seu pai: “Meu pai é um grande contador de histórias, desses contadores de causos que a gente não encontra mais. Quando vi já estava escrevendo contos também e alimentando o sonho de ser escritor”, relembra o autor. Para Carneiro, o maior desafio na vida de um escritor pode ser finalizar suas obras. “É sempre uma grande aventura, nem sempre com final feliz. Já abandonei algumas histórias no meio e isso é algo bastante difícil de fazer”. A inspiração, ele busca em fatos da vida, sonhos e outros livros. “Os sebos são uma boa fonte de inspiração pelos livros em si e também pelas dedicatórias. É bom muito ler livros comprados em sebos com dedicatórias feitas à mão”, revela o escritor. Segundo o autor, o grande segredo de um escritor está na paciência! “É preciso ter paciência. Muita paciência. O processo de escrever um livro é demorado, exige dedicação e calma. É preciso reescrever muito mais do escrever. E seu texto só está pronto quando você puder olhar pra ele e dizer, com sinceridade: se esse texto fosse um livro, de outro autor, eu gostaria muito de lê-lo. Só então, é hora de se preocupar em publicar”. Para quem encontra dificuldades para divulgar suas primeiras obras, ele dá a dica: “A Internet é o melhor caminho. Os sites de relacionamento e os blogs também”. A participação em oficinas literárias e concursos, igualmente, rendem bons frutos. Segundo o autor, neles é possível ter contato com outros escritores, ver o que estão fazendo e dividir experiências. Se você também tem suas dicas, não deixe de compartilhar comentando este post.]]>
Ai que post óóóótimo! Amei as dicas de vocês 🙂 Vocês tem twitter ou face? Bjs mil!
Não sou escritora, mas uma simples amadora. Quem sabe um dia…
Tenho cá uma dica de um escritor que publicou apenas dois livros, mas cuja obra marcou o século XX: Juan Rulfo. “No começo, você deve escrever levado pelo vento, até sentir que está voando. A partir daí, o ritmo e a atmosfera se desenham sozinhos. É só seguir o voo. Quando você achar que chegou aonde queria chegar é que começa o verdadeiro trabalho: cortar, cortar muito”.
Compartilhar é uma palavra fundamental, não acham?
Bons ventos e escritos.
Abraços, Claudia.
Achei ótimas as dicas acima apresentadas. Apenas acrescento: construa mentalmente o tema (assunto); rascunhe os pontos principais (início, meio e fim). E com emoção e sabedoria, coloque o recheio. Entretanto, não estamos falando de uma receita de bolo. Se não houver aquela pitada de inspiração instigante, o leitor não degustará a iguaria, ou porque falta sal, ou porque está apimentada. Certamente, nem todos os comensais apreciarão o seu prato. Não desista, sempre haverá um apreciador das boas receitas culinárias. A improvisação pode surpreender os paladares mais exigentes.
Abraço de um aprendiz de escritor.
Show! Minha dica é simples: escreva por prazer que, com certeza, quem for ler sentirá o mesmo. E lembre-se: rascunhe, leia e releia o que você escreveu. Escrever e ler são minhas terapias: escrever me ajuda a não ser tão esquecida e exercita minha memória. Fica a dica!
Olá, são dicas ótimas! Concordo, em boa parte, com elas. Já escrevo há algum tempo. Tenho um blog onde exponho algumas ideias. Considero de suma importância quando os leitores o acessem e deixem seus comentários para que possa melhorar meus textos. Obrigada pelas dicas!
Gosto de escrever. Comecei a fazer isso com 13 anos. Quando escrevo, entro no livro completamente. Quando escrevo, parece que vejo os detalhes do meu mundo; vejo a realidade através das palavras. Para quem quer começar um livro, tenho duas dicas: escreva somente quando tiver o que escrever. Não force a barra tentando terminar logo porque não vai sair coisa boa. E a segunda (que é comentada no post) é: escreva o que gostaria de ler como leitor crítico e exigente. E, de preferência, tenha algum domínio sobre o que quer falar.
Ótimo post Estante Virtual! Boa sorte!
Gostei do post e dos comentários. Gostaria de contribuir da seguinte maneira: se você tem vontade de escrever, escreva! Não importa a maneira. Não se prenda a técnicas e formalidades – assim como faria se tivesse um violino em mãos e tivesse vontade de tocar. Independe de seu conhecimento. Agora atenção: existe um vale entre “escrever” e “publicar”. Para publicação, as dicas do post são ótimas. Se você não é um profissional do livro, faça da escrita um momento de prazer. Escreva por diversão. Escreva por registro. Escreva cartas, e-mail, bilhetes e blogs. Escreva o que quiser. Faça da escrita uma maneira de se comunicar com o mundo e, principalmente, consigo mesmo.
Muito boas as dicas! Parabéns pela iniciativa!
Vou dar a minha contribuição como profissional da área: acredito que, primeiramente, deve-se escrever de maneira livre, sem censura. Mas numa segunda etapa (caso pretenda publicar de maneira comercial), sugiro passar para o crivo de um parecerista – que apontará seus pontos fortes e fracos da trama, linguagem, desenvolvimento dos personagens através de um relatório de leitura crítica – e fazer uma boa revisão. Texto incompreensível ou mal escrito depõe contra o autor!
Sou muito atrevido e procuro sempre exercitar a escrita, seja em crônicas, postagens em blogs, contos. Adorei as dicas e seguirei-as todas à risca.
A minha dica para quem quer escrever é: enxugue!
Enxugue todo o texto, tire tudo o que não é necessário para sua compreensão, especialmente os adjetivos. Textos demasiadamente adjetivistas são cansativos e não levam a lugar algum.
Um abraço!