Livros, Livros e Livros reabre em Copacabana
Algumas pessoas se realizam no teatro ou na música. Outras encontram a felicidade em cargos-chave de multinacionais. Há, porém, quem tenha nascido para ser livreiro. É o caso de Letícia Werneck Streithorst, de 34 anos, proprietária do sebo Livros, Livros e Livros, reaberto no final de março em Copacabana, no Rio de Janeiro, e com três mil livros no cadastro da Estante Virtual. A jornalista deixou de lado a promissora carreira e o cargo em uma prestigiada empresa de comunicação para entrar no mundo dos livros em 2003. De lá para cá, encontrou a paz de espírito que procurava. Inicialmente, abriu o sebo em Ipanema, com acervo voltado para as Ciências Humanas e as Artes, além de obras raras. O perfil sofisticado do Livros, Livros e Livros fez sucesso até que , em 2006, o marido de Letícia foi transferido para São Paulo e, para acompanhá-lo, ela desfez-se do negócio. “Não dá para tocar sebo à distância. O livreiro é a alma do sebo. Ele tem de estar no balcão, em contato com os clientes, precisa avaliar bem o que deve ser comprado para o acervo”, afirma ela.
De volta ao Rio no ano passado, Letícia pretendia estabelecer-se como livreira virtual e procurava uma sala onde pudesse estocar seus livros. Um infortúnio mudou seus planos. Com o falecimento da tia-avó de seu marido, Letícia herdou uma rica biblioteca, com títulos sobre Museologia, História e Arte Brasileira. Por coincidência, no mesmo dia, encontrou um ótimo ponto na Rua Rainha Elizabeth, a mesma em que a antiga proprietária dos livros morava. “Achei essa coincidência interessante do ponto de vista simbólico”, conta a jornalista, que resolveu reabrir o Livros, Livros e Livros.
Ali, podem ser encontrados documentos como um manual datilografado feito pelo exército em 1963 e intitulado “Como Proceder com Revolucionários”. Mas o sebo não oferece apenas exemplares raros e curiosos. “Aprendi que sebo bom é o que tem de tudo. Não adianta querer escolher o que se vai vender. Quem faz o sebo é o cliente. Além disso, procuro oferecer livros em excelente estado e faço a limpeza deles diariamente”, ensina Letícia, que recebe 40% das encomendas através da Estante Virtual.
Na foto, o Consultor de Negócios da Estante Virtual, Claudio Lima, visita a loja recém-inaugurada.]]>
Claramente o amor pelos livros e pelo estímulo a leitura é algo que grande parte de nós, comunicadores, tem em comum.
Fiquei super chateada quando a loja fechou, adorava passear por ali. Bom saber que ela está de volta!