10 autores espanhóis que você precisa conhecer
Espanha, um celeiro literário
A Espanha talvez não seja ainda, no Brasil, tão conhecida por sua literatura quanto é pelo futebol. Aqui, países como Estados Unidos, Inglaterra, França e alguns da América do Sul, vem antes na memória das pessoas. Dessa forma, resolvemos criar uma lista com 10 escritores para provar o quanto é prolífica e de qualidade a literatura deste país. De Miguel de Cervantes a Carlos Ruiz Zafón, seus escritores vem conquistando cada vez mais espaço entre os corações dos leitores em todo mundo. Confira!
Nascido no dia 11 de maio de 1916, o escritor chegou a cursar Medicina na Universidade Complutense e assistiu a algumas aulas de Filosofia e Letras na Universidade de Madri. Depois, ele ofereceu seus serviços como informante para o regime de Franco e mudou-se voluntariamente de Madri para a Galiza durante a Guerra Civil, a fim de se juntar às forças franquistas. Contudo, ferido por uma granada errante, viu terminada a sua vida militar. Assim, resolveu escrever e estreou com o incrível A família de Pascual Duarte, uma dura história ambientada num pequeno povoado e que aborda grandes paixões, com destaque para o ódio e a violência. A colméia, sua obra mais importante, inaugurou o realismo social dos anos 50. Foi editado em 1951 em Buenos Aires, já que a censura tinha proibido sua publicação na Espanha por causa de suas passagens eróticas. Foi membro da Real Academia Espanhola desde 1957 até à sua morte. Recebeu o Nobel de Literatura de 1989. Faleceu em Madri em 17 de janeiro de 2002.
Javier Cercas
Cercas nasceu em 1962, em Ibahernando, Cáceres, e trabalhou durante dois anos na Universidade de Illinois, em Chicago, Estados Unidos. Desde 1989, leciona literatura espanhola na Universidade de Gerona. Entre suas obras, destacam-se O ventre da baleia, Soldados de Salamina, Anatomia de um instante.
Almudena Grandes
A autora nasceu em Madri em 1960. Aos vinte e oito anos, lançou As idades de Lulu, tendo recebido o Prêmio La Sonrisa Vertical. Desde então, tornou-se um dos grandes nome da literatura espanhola contemporânea. Várias de suas obras foram adaptadas para o cinema e lhe renderam importantes prêmios literários, como o Rapallo Carige e o Prix Méditerranée. Suas outros livros publicados no Brasil são Malena é um nome de tango e Atlas da geografia humana.
Javier Marías
Formado em Letras e especializado em Filologia, Javier trabalhou como roteirista, tradutor e professor. Em 1970, escreveu o seu primeiro romance, Los dominios del lobo, o qual viria a ser publicado no ano seguinte. A obra Coração tão branco, de 1992, alcançou um enorme sucesso junto do público e da crítica, resultando na sua consagração internacional definitiva como escritor. Já escreveu mais de trinta livros, entre romances, ensaios e coletâneas de contos. Nasceu em Madri em 1951 e é membro da Real Academia Espanhola. Entre seus trabalhos destacam-se ainda Os enamoramentos, O homem sentimental e Todas as almas.
Enrique Vila-Matas
Enrique nasceu em Barcelona em 1948. Vinte anos depois foi viver para Paris, auto exilado do Franquismo e à procura de maior liberdade criativa. O apartamento onde se instalou foi-lhe alugado pela escritora Marguerite Duras, que já era bastante famosa na ocasião. Vila-Matas pediu-lhe, sem muitas esperanças, dicas sobre como se tornar um bom escritor. Para sua surpresa, a francesa deu-lhe uma enorme lista de dicas para escrever bem. Durante esse anos subsistiu realizando pequenos trabalhos como jornalista para a revista Fotogramas, e chegou a colaborar como figurante num filme de James Bond. Com a publicação de História abreviada da literatura portátil, Vila-Matas começou a ser reconhecido e admirado no âmbito internacional, especialmente nos países latino-americanos, na França e em Portugal. Suas obras são uma mescla de ensaio, crónica jornalística e novela, com destaque para Dublinesca, Ar de Dylan, A viagem vertical e Paris não tem fim.
Carlos Ruiz Zafón
Carlos Ruiz Zafón nasceu em 25 de setembro de 1964, em Barcelona, cenário de seus romances A sombra do vento – que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo – e O jogo do anjo. Contudo, vive desde 1993 em Los Angeles, onde trabalha como roteirista. Nos anos 1990, escreveu a trilogia infantojuvenil, composta por e O príncipe da névoa, O palácio da meia-noite e As luzes de setembro, e Marina.
Miguel de Cervantes
Considerado o maior romancista, dramaturgo e poeta da língua espanhola, Miguel de Cervantes nasceu em Alcalá de Henares, Espanha, mas viveu anos na Itália. Lutou na Batalha de Lepanto (1571) e passou cinco anos preso em Argel (1575-1580). De volta à Espanha, tornou-se comissário na corte de Felipe II. Colecionou insucessos literários até publicar sua obra-prima, Dom Quixote de la Mancha. Escreveu até morrer, aos 69 anos.
Federico García Lorca
O autor nasceu no dia 5 de junho de 1898 em Granada e faleceu em 18 de agosto de 1936 na mesma cidade. Foi poeta e dramaturgo e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola. Grande parte dos seus primeiros trabalhos baseia-se em temas relativos à Andaluzia, à música, ao folclore regional e aos ciganos. Morou nos Estados Unidos e em Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modo de vida estadunidense.Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava suas ideias socialistas e tendências homossexuais. García Lorca foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Chamam atenção seus livros Bodas de sangue, Yerma, Romanceiro gitano e outros poemas e Dona Rosita, a solteira.
Manuel Vázquez Montalbán
Manuel Vázquez Montalbán nasceu em Barcelona no dia 14 de Junho de 1939 e morreu na Tailândia em 18 de Outubro de 2003. Foi escritor, jornalista, poeta e novelista. Montalbán é o criador do detetive galego Pepe Carvalho, protagonista livros pliciais que se passam em Barcelona, como O labirinto grego e Os mares do sul. Escreveu ainda livros de poesia e vários ensaios. Entre seus trabalhos destacam-se Manifesto do Planeta dos Macacos, Ou César ou nada e Quarteto.
Arturo Pérez-Reverte
Arturo Pérez-Reverte nasceu em Cartagena, na província de Múrcia no dia 24 de novembro de 1951. É novelista e jornalista, e, desde 2003, membro da Real Academia Espanhola da língua. Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos anos 1980, tendo publicado romances como O cemitério dos barcos sem nome, A carta esférica, O tango da velha guarda, O Capitão Alatriste e Limpeza de sangue. A visão que o escritor tem da existência em geral é sombria. Discorda do humanismo cristão e acredita que a filosofia pagã tem uma visão mais exata e cruel do mundo. Sua obra está traduzida em quase trinta idiomas.
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tem uma eacritora com o nome de flaviana rox??
Júlia Navarro. Ildefonso Falcones e Luz Gabas . Li todos os livros deles é cada um deles uma relíquia que vale a pena ler . Também li alguns dos sinalizados aqui. Grandes mestres e a literatura espanhola de parabéns pelos seus escritores que não sei diferenciar.
Na minha opinião, Don Quixote é melhor romance que já foi escrito no mundo!
sou uma apaixonada por leitura, todos os tipos de livros, porem estou iniciando a leitura no idioma espanhol e vim aqui dar uma olhadinha no que dizem e tirar uma conclusão por onde devo iniciar . Alguns autores citados eu conheço por já ter lido seu livros, mas traduzidos para o português. Obrigada pelas dicas!!!
Faltou Maria Dueñas. Espetacular. ” O tempo entre costuras” e ” destino: templanza” estão entre os melhores de autores contemporâneos.
E Lope de Vega Carpio?
As apresentações estão pouco cuidadas. Exs: Cervantes não é considerado o maior poeta da língua espanhola e Lorca não morreu precisamente de morte natural…
Não dá pra deixar de fora o grande escritor J.J Benitez com a saga “Operação cavalo de Troia”. Talvez em nova listagem ele apareça.
Faltou o escritor J.J.Rodríguez, autor do best seller “Cavalo de Troia “
Li pelo menos 3 vezes a Sombra do Vento de Carlos Ruiz Záfon e pretendo ler outros livros dele…ele é muito bom. Não li, mas dei Dom Quixote para meu sobrinho que gostou muito e pretendo ler também…mas isso não significa que não possa ler os outros autores…
Não conheço alguns, e agora fiquei animada para lê-los!
Cervantes , Lorca e o contemporâneo Záfon são os que conheço, todos da melhor qualidade.